A era “Figital” chegou para ficar: a harmonia entre lojas físicas e e-commerce 

Pablo Alves Por Pablo Alves
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Apesar dos desafios enfrentados pelo setor varejista durante a pandemia, o segmento do varejo online superou muito as expectativas. Até novembro de 2021 o setor obteve ganhos na marca de R$ 146 bilhões, 27% a mais comparado à 2020. Pela segunda vez consecutiva os investidores tem motivos para estarem arrebatados: Só em 2020 os negócios pela internet aumentaram 68%. Esses dados trouxeram uma realidade que só era vislumbrada num futuro que ainda era incerto e distante. Mas a verdade é que muita coisa já se antecipa e o consumidor agora se vê diante de ofertas tanto online, quanto física de compras. Existem alguns especialistas que já forjaram à nova predisposição do mercado de “Era do varejo Figital”.

São vinte anos de investimentos realizados pelos varejistas com a finalidade de aperfeiçoamento das ferramentas e instrumentos que possibilitem e facilitem uma experiência de compras online que seja não apenas satisfatória mas também prazerosa para o consumidor/parceiro.

Dentro desse escopo existem coisas como estoques integrados, comprar online e retirar na loja, além das milhares de promoções em marketplaces. Todas essas características deixaram a mostra toda sua força e o valor através dos resultados mostrados durante a quarentena.

Apesar dos acontecimentos relacionados ao coronavírus ainda surpreenderem o mundo deixando os mercados financeiros em alerta, existe uma reconquista, ainda que gradativa e passo a passo, do nosso modo antigo de convívio social. Ja existe uma presença marcante nas ruas comerciais, nos shoppings a normalidade ja dá as caras e a moda de ir passear neles está de volta.

Prova dessa nova realidade é que a Via, que é dona das Casas Bahia, abriu 107 lojas nos nove meses de 2021. Não é atoa que Luiza Trajano é uma das pessoas mais ricas do Brasi, o Magazine Luiza abriu 98 unidades entre quiosques e lojas. E o mais interessante desse avanço físico é que ele tem se tornado uma grande parceiro e aliado dos canais digitais, que ainda tem o domínio nos volumes de negociação. E o que diz isso são dados incontestáveis, 60% dos negócios da Via acontecem pela internet; a casa de Luiza Trajano, a Magazine Luiza tem 72% de suas vendas nos canais online.


Você pode entrar na loja física, escolher, experimentar e na hora de comprar pode finalizar tudo com alguns cliques, nem precisa esperar o próximo caixa vazio. (Foto: Reprodução/ Sinergiapublicidade).


Nem os mais otimistas poderiam imaginas uma simbiose tão perfeita entre digital e físico. Bom exemplo desse fato é a nova megaloja que as Casas Bahia inaugurou em novembro na zona norte de São Paulo. Nos seus nove mil metros quadrados, os clientes podem viver a experiência dos produtos eletrônicos oferecidos e ao mesmo tempo eles tem 100% de conectividade com a rede de internet e o canal de vendas online. utilizando celular ou computadores dispersos pela loja, o cliente pode ir mais a fundo numa pesquisa sobre o produto de interesse, pode fazer cadastro para ficar por dentro de ofertas, conversar com algum vendedor pelo WhatsApp.

Muitos dizem que a era figital chegou para mudar algumas características do mercado varejo, principalmente alterando a realidade fora do eixo Rio-São Paulo, isso abre uma possibilidade gigantesca para novas empresas. A gaúcha rede de farmácias Panvel, possibilita o cliente de um aloja física verificar descontos e até pagar por uma compra com alguns cliques no aplicativo da empresa, ele não precisa esperar por um caixa vazio. Outra novidade é que de posse do histórico de compras, o sistema online da Panvel consegue analisar a data em que um remedio de uso continuo chegará ao final alertando o paciente sobre a necessidade da renovação do estoque.

 

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A verdade é que as varias possibilidades de se chegar ao mesmo final, que é comprar a mercadoria, vai depender da condição e da necessidade desse cliente. O mais importante é que os varejistas estejam preparados para tenderem esse consumidor, seja lá quem ele for, seja lá qual for o canal que ele ecolherá. “ Está fazendo pouco sentido separar vendas online e físicas. Se um vendedor dentro da loja atende pelo WhatsApp, ou se o cliente foi à loja ver o produto e finalizou a compra no site, essa compra é física ou digital”. disse Alberti Serrentino, fundador da consultoria Varese Retail. 

 

Foto destaque: Reprodução/ G1.

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