A hora do espanto financeiro: variante B.1.1.529 do coronavírus assusta mercado e Ibovespa despenca 3,65%

Pablo Alves Por Pablo Alves
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Com essa queda o índice brasileiro marca 101.950 pontos. A repercussão internacional foi imediata. Todas as bolsas espalhadas pelo globo retroagiram em conjunto. O petróleo teve uma baixa de 10%, ja o dólar não para de subir.

Após descoberta e revelada a existência de uma insólita variante do Covid-19, a reação do mercado financeiro à essa notícia foi de retração em cadeia por todas as bolsas do mundo. 

No Brasil não foi diferente e o Ibovespa acompanhou o movimento descendente que o mercado internacional apresentou. Com isso ela recuou 3,65%, na sexta-feira (26/11), batendo 101.950 pontos. Enquanto isso o dólar comercial subia 0,31% e chegava a R$ 5,582 depois acelerar mais de 1,5% nas primeiras movimentações do pregão.

A nova onda que deixou todo mundo em pânico vai atrapalhar o Ibovespa em sua sequência de fechamentos em alta. Esta seria a quarta vez seguida. A B3 ontem mostrou fechamento com alta de 1,24%, em 105.811 pontos, sendo 3,61 acima do que é considerado o pior fechamento do ano, até agora, ocorrido no inicio da semana.


O mercado mundial está abalado com a descoberta da variante B.1.1.529. Na terra do Tio Sam não foi só o vírus que atrapalhou, a ressaca do feriado também ajudou para que o mercado operasse em baixa. Foto (reprodução/EntrelinhasGoias) 


Hoje o mercado apresenta um claro sinal negativo em várias partes do globo. Nos Estados Unidos, com a ressaca pós Thanksgiving, os indicadores internacionais também estão operando em baixa. E para agravar a situação, a insólita descoberta de uma variante do covid-19 na África do Sul. Um primeiro informativo noticiou que aproximadamente 80 pessoas estão infectadas com essa variante, batizada de B.1.1.529.

No velho continente, o índice Stoxx 600 caiu 3,21%. O destaque negativo foi o segmento de viagens e turismo que apresentou forte baixa assim que novas restrições foram impostas sobre a circulação de viajantes pela região. O reflexo desse movimento é sentido bem aqui no Brasil. A Gol (GOLL4) está na frente com a descida mais brusca do dia e recuou 12,98%. Em seguida vem a Azul (AZUL4), com queda de 12,67%, Embraer (EMBR3) baixa de 10,17, CVC (CVCB3) tocou os 12,2.

A queda no setor de transportes afeta outros mercados que dependem de deslocamento. O petróleo Brent despencou mais de 9% e o valor foi para a casa dos U$$ 74, induzido e motivado pelo terror de uma baixa na demanda mundial. O petróleo WTI caiu mais de 10%, chegando ao patamar de U$$ 70. No frigir dos ovos, os papéis do petróleo sentiram uma queda que foi de 5% na Petrobras (PETR3/PETR4), 9,92% nos da PetroRio (PRIO3)

A nova onda da doença também contaminou o minério de ferro que perdeu valor. Seus preços tiveram fechamento em baixa de 5,55% na China. O mesmo passo foi dado pela Vale (VALE3) que acompanhou o movimento e fechou com queda de 3,08%.

O temor que mais aflige os investidores nesse momento, mais que uma nova onda do vírus, por incrível que pareça, é a decretação de lockdowns pelo mundo. A consequência do freio de mão puxado é a desaceleração do mercado que refrearia a tímida recuperação da economia. Há especulações que os Estados Unidos devem demorar mais para aumentar seus juros.

Na américa, os indicadores protagonistas do mercado operaram em forte queda. Dow Jones foi o líder com prejuízos ocasionados após queda de 2,61%. O S&P 500 e o Nasdaq também sofreram com baixas que superaram 2,02% e 9%, respectivamente. Hoje, após tanta festa, comida, cerveja e muita NFL no Thanksgiving, o mercado pegou leve para evitar uma indigestão e operou num período reduzido, de 11h30 até 15h, hora de Brasília.


Mercado mundial está apreensido onde apostar às fichas. Para que direção os dados vão rolar? Foto (Reprodução/Garcia,Terán&Torres)


Nem mesmo o final de semana de Black Friday foi capaz de dar um pouco de ar para o mercado. O setor de consumo também reagiu mal e teve uma retração de 3%. E não adiantaram as especulações que apontavam um volume de vendas acima dos R$ 6 bilhões em faturamento, uma ficção, 18% maior que o ano que passou. Uma bravata que o mercado não engoliu.

A salvação do dia veio do que muitos poderiam achar um setor improvável, celulose e papel, mas esse segmento está entrando na vanguarda do mercado e já alcança resultados expressivos, ele não tomou conhecimento da crise gerada pelo coronavírus. Liderando esteve a Suzano (SUZB3), exportadora de celulose que subiu 1,19%. Outra do mesmo segmento é a Klabin (KLBN11), que recuou 1,35%.

Tem mais um assunto que causa muita apreensão, e é relacionado a PEC dos Precatórios. A votação da proposta tinha previsão de ser votada essa semana, mas foi sobrestada depois que parlamentares solicitaram mais tempo de vistas para analisar o texto do projeto.

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Agora expecta-se que o sufrágio se realize no dia 30, terça-feira da próxima semana. O problema é que o comprometimento do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, não parece ter o mesmo comprometimentos que os colegas deputados para conduzir a PEC para a votação na próxima semana. Segundo o jornal “ O Globo “, o governo carece de quórum para obter êxito na grande casa do congresso nacional.

Foto destaque: IstoéIndependente

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