Para quem está acompanhando a história da Americanas sabe que o ano de 2023 não está sendo um dos melhores para a empresa. Depois da descoberta da inconsistência contábil, as ações da empresa têm sofridos grandes variações no mercado financeiro.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Acionistas da Americanas divulgam nota pública sobre problemas financeiros da empresa. Documento é assinado por Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.<br><br>Assista ao <a href=”https://twitter.com/hashtag/EspecialdeDomingo?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw”>#EspecialdeDomingo</a> com <a href=”https://twitter.com/LeilaSterenberg?ref_src=twsrc%5Etfw”>@LeilaSterenberg</a> na <a href=”https://twitter.com/hashtag/GloboNews?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw”>#GloboNews</a>: <a href=”https://t.co/bFwcwLpLU9″>https://t.co/bFwcwLpLU9</a> <a href=”https://t.co/yatIOccj8u”>pic.twitter.com/yatIOccj8u</a></p>— GloboNews (@GloboNews) <a href=”https://twitter.com/GloboNews/status/1617313473163104257?ref_src=twsrc%5Etfw”>January 23, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Acionistas divulgam nota pública sobre a Americanas. (Reprodução/Twitter)
Esses acontecimentos trouxeram certas desconfianças em torno da empresa e de seus acionistas. E, para esclarecer qualquer intepretação negativa quanto aos sócios, os principais acionistas das Americanas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira divulgaram nota pública afirmando que não tinha conhecimento sobre quaisquer manobras nas contas da companhia. “Jamais tivemos conhecimento e nunca admitiríamos quaisquer manobras ou dissimulações contábeis na companhia. Nossa atuação sempre foi pautada, ao longo de décadas, por rigor ético e legal. Isso foi determinante para a posição que alcançamos em toda uma vida dedicada ao empreendedorismo, gerando empregos, construindo negócios e contribuindo para o desenvolvimento do país.” Esclarece os empresários donos da 3G Capital e acionistas da companhia.
A nota esclarece ainda que os executivos que que administram a empresa são qualificados e de reputação ilibada, além disso a companhia contava com a consultaria de uma das maiores e conceituada empresa do mundo, a PwC. “Portanto, assim como todos os demais acionistas, credores, clientes e empregados da companhia, acreditávamos firmemente que tudo estava absolutamente correto.” Informa a nota.
Os acionistas reafirmaram o compromisso em trabalhar pela recuperação da empresa para garantir o futuro da companhia e dos seus empregados. “Reafirmamos o nosso empenho em trabalhar pela recuperação da empresa, com a maior brevidade possível, focados em garantir um futuro promissor para a empresa, seus milhares de empregados, parceiros e investidores e em chegar a um bom entendimento com os credores.” Finaliza a nota pública.
Confira a nota na íntegra:
“No dia 11 de janeiro de 2023, por meio de ‘fato relevante’, a Americanas S.A. tornou pública a existência de significativas inconsistências em sua contabilidade. Desde então, sempre com transparência e imediatismo, vários esforços vêm sendo feitos para o correto tratamento dos desafios que hoje se colocam à empresa.
Usamos dessa mesma clareza para esclarecer de modo categórico e a bem da verdade que:
1) Jamais tivemos conhecimento e nunca admitiríamos quaisquer manobras ou dissimulações contábeis na companhia. Nossa atuação sempre foi pautada, ao longo de décadas, por rigor ético e legal. Isso foi determinante para a posição que alcançamos em toda uma vida dedicada ao empreendedorismo, gerando empregos, construindo negócios e contribuindo para o desenvolvimento do país.
2) A Americanas é uma empresa centenária e nos últimos 20 anos foi administrada por executivos considerados qualificados e de reputação ilibada.
3) Contávamos com uma das maiores e mais conceituadas empresas de auditoria independente do mundo, a PwC. Ela, por sua vez, fez uso regular de cartas de circularização, utilizadas para confirmar as informações contábeis da Americanas com fontes externas, incluindo os bancos que mantinham operações com a empresa. Nem essas instituições financeiras nem a PwC jamais denunciaram qualquer irregularidade.
4) Portanto, assim como todos os demais acionistas, credores, clientes e empregados da companhia, acreditávamos firmemente que tudo estava absolutamente correto.
5) O comitê independente da companhia terá todas as condições de apurar os fatos que redundaram nas inconsistências contábeis, bem como de avaliar a eventual quebra de simetria no diálogo entre os auditores e as instituições financeiras.
6) Manifestamos mais uma vez nosso compromisso de integral transparência e de total colaboração em tudo que estiver ao nosso alcance para esclarecer todos os fatos e suas circunstâncias.
7) Lamentamos profundamente as perdas sofridas pelos investidores e credores, lembrando que, como acionistas, fomos alcançados por prejuízos.
8) Reafirmamos o nosso empenho em trabalhar pela recuperação da empresa, com a maior brevidade possível, focados em garantir um futuro promissor para a empresa, seus milhares de empregados, parceiros e investidores e em chegar a um bom entendimento com os credores.
Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira”
Entenda o caso
No dia 11 de janeiro, a Americanas divulgou em comunicado que foram detectadas inconsistências contábeis no valor de R$ 20 bilhões na data-base de 30/09/2022. A empresa informou que ainda não era possível determinar todos os impactos da inconsistência naquele momento.
Vários desdobramentos aconteceram após essa data, o que fez com que os acionistas referência da Americanas viessem a público esclarecer alguns pontos.
Foto destaque: Fachada da lojas americanas. Reprodução/Twitter