Alemanha reforça controle de investimentos estrangeiros seguros

Dione Silva Por Dione Silva
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O vice-chanceler alemão, Robert Habeck, está propondo medidas para fortalecer o escrutínio de investimentos estrangeiros na Alemanha, visando aumentar a segurança econômica e enfrentar riscos geopolíticos crescentes. As propostas surgem em meio a um debate global sobre as relações econômicas com a China e buscam restringir o investimento direto estrangeiro em setores críticos, como semicondutores e inteligência artificial.


Alemanha reafirma seu compromisso de ser um local de investimento aberto(FOTO:reprodução/Notícias da Bolsa)


As medidas sugeridas também refletem a preocupação da Alemanha em reduzir a dependência da China, enquanto o governo avalia a eficácia das avaliações de investimentos existentes. Berlim alertou recentemente sobre a postura mais repressiva da China internamente e mais agressiva externamente. 

Essas medidas não apenas enfrentam desafios políticos internos, mas também geram tensões dentro da coalizão liderada pelo chanceler Olaf Scholz, uma vez que os partidos têm abordagens divergentes em relação à China e às políticas comerciais.

China com imagem corrompida

A China tem sido alvo de críticas ocidentais devido a seu autoritarismo crescente, bem como sua relação com a Rússia, apesar da invasão da Ucrânia. As medidas propostas pelo vice-chanceler Habeck podem impulsionar o governo alemão a adotar uma postura mais assertiva em relação com a China.

Alemanha tem boas oportunidades

Enquanto a Alemanha é reconhecida como um local de investimento aberto, as propostas de Habeck buscam simplificar as regras existentes e aumentar as restrições em setores de influência chinesa que possam ameaçar a segurança econômica ocidental. Isso inclui setores como semicondutores, IA (Inteligência Artificial) e computação quântica. 

Além disso, as medidas pretendem coibir tentativas chinesas de contornar as regulamentações vigentes, expandindo a definição de investimentos sujeitos a avaliação. Especialistas apontam que essa abordagem reflete um desejo de limitar a margem de manobra de chancelaria em meio à estratégia mais agressiva de Habeck com relação a China. 

A Alemanha busca equilibrar a atração de investimentos internacionais com a segurança econômica e a dependência de sua maior parceira comercial. As propostas de Habeck representam mais um capítulo na contínua evolução das políticas de investimento e segurança econômica alemãs em um cenário geopolítico complexo.

Foto capa: medidas são uma evolução das políticas alemãs. Reprodução/BrasilAlemanha

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