A Americanas, que decretou recuperação judicial após dívida de R$ 40 bilhões, começou a demitir funcionários. Segundo a Folha de S.Paulo, as demissões iniciaram com os terceirizados nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS), mas, de acordo com as fontes, os cortes devem afetar os contratados via CLT em breve.
De acordo com a Folha, as recentes demissões se tratam de funcionários com menos de um ano de contrato. A próxima etapa de demissões está concentrada em São Paulo, onde se encontra o maior número de funcionários e centros de distribuição da franquia.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Americanas podem fazer demissão em massa durante a recuperação judicial? <a href=”https://t.co/VZiX6YjYMZ”>https://t.co/VZiX6YjYMZ</a></p>— UOL (@UOL) <a href=”https://twitter.com/UOL/status/1620528965952700419?ref_src=twsrc%5Etfw”>January 31, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Americanas podem fazer demissão em massa durante recuperação judicial? – Reprodução/Twitter.
Atualmente a Americanas se encontra com cerca de 45 mil funcionários diretos, além de 60 mil terceirizados. A Folha afirmou que as demissões não foram notificadas ao Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro até ontem (31).
Em nota soltada pela assessoria de imprensa da empresa, não há demissões em curso. Disse que apenas interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados.
Na última segunda-feira, representantes de sindicatos comerciários de várias regiões se reuniram com o ministro do trabalho, Luiz Marinho, para debater sobre os efeitos da recuperação judicial da Americanas sobre os trabalhadores dos setores da empresa.
“Nós já temos conhecimento que as demissões começaram, mas a empresa não se comunica e deixa os funcionários aflitos, em estado de apreensão”, disse Nilton Neco Souza da Silva, representante dos comerciários da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre.
Com o comunicado recente de inconsistências contábeis no valor de R$ 20 bilhões, que dobrou para R$ 40 bilhões poucos dias depois, um dos maiores credores da companhia classificou a situação como a maior fraude da história corporativa do Brasil.
O rombo, descoberto na gestão liderada por Sérgio Rial, nove dias após assumir o cargo de CEO, foi gerado pela omissão, por parte da empresa, dos juros devidos aos bancos, em operações em que a Americanas realizava empréstimos para financiar bens que revendia. Na contabilidade, esses empréstimos foram registrados como dívida com fornecedores.
Foto destaque: Lojas Americanas – Reprodução/Twitter.