Após conseguir R$ 1,9 bilhão em IPO Multilaser planeja expansão

Gustavo Sebastião da Silva Correia Por Gustavo Sebastião da Silva Correia
5 min de leitura

Depois de abrir capital, entrar na Bolsa de Valores a pouco mais de dois meses e levantar numa operação um aporte de R$ 1,9 bilhão, a Multilaser ainda é lembrada apenas pela marca homônima e pelos seus produtos de entrada, ou seja, aqueles com preços acessíveis e pouca complexidade. Porém, para Alexandre Ostrowiecki, CEO da empresa, isso não significa que a Multilaser não possa conquistar outros segmentos, como o premium.

 

Para Ostrowiecki:

“As principais linhas da empresa são de tecnologia, mas estamos com várias apostas novas, como pet shops, linhas de utilidades domésticas e produtos vendidos em farmácias”

 

Para os próximos anos, a companhia planeja novas aquisições e aposta na criação de marcas para ingressar nesses mercados. Os produtos que levam o nome do grupo, porém, devem continuar acessíveis para “não perderem a alma”, complementa ele.


CEO da Multilaser, Alexandre tem sido um dos responsáveis pela a expansão da marca tanto dentro, quanto fora do Brasil. (Foto: Reprodução/suno.com.br)


Alexandre cita como exemplo de case de sucesso marcas que são referências. Ao citar a empresa Unilever, ele diz:

 

“A gente se espelha na arquitetura de marca da Unilever. Ela tem muitos negócios, e o picolé Kibon não é associado ao sabão Omo. Cada marca é uma coisa, todas na mesma empresa e cada uma campeã em seu nicho”

 

O CEO cita também marcas pertencentes ao grupo Multilaser mas que não são associadas a ela em nenhum momento. Como exemplo estão a Atrio (de equipamentos esportivos), a Pulse (de acessórios para áudio), a Warrior (de games) e a Essenza (de eletroportáteis de beleza).

 

Na busca por expansão dos negócios, Alexandre menciona os negócios que compõem seu grupo, possíveis parcerias e o destino dado ao valor conquistado quando a empresa decidiu abrir o capital na B3:

 

“Temos 13 unidades de negócios, 21 marcas próprias, sendo 18 delas criadas pelo grupo. Estamos conversando com mais 15 empresas; devemos fechar uma ou duas aquisições. Todo o montante levantado com a abertura do capital da empresa foi destinado ao seu caixa, e 15% estão sendo usados para adquirir outras marcas”.

 

Em 2020, por conta da pandemia do coronavírus, a Multilaser recorreu ao programa do governo federal que permitiu a redução de jornada e de salários de funcionários. Com isso, a empresa conseguiu fechar o ano sem demissões.

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Entre os meses de janeiro e setembro, a empresa registrou uma alta de 60% no faturamento em relação a todo o ano de 2020.

 

No Brasil, os grandes clientes da Multilaser são os varejistas nacionais. Atualmente o grupo trabalha com 19 mil empresas e 40 mil pontos de venda. O contato com o consumidor final acontece apenas no site da companhia e na única loja física que a empresa tem, fica em São Paulo. 

 

Para os próximos anos, a empresa tem em suas metas a saída do Brasil e a venda de seus produtos de informática em países em desenvolvimento. 

 

“A Multilaser tem uma linha boa, barata, bonita e competitiva para os mercados emergentes. Atingimos o nicho daquele consumidor que busca qualidade e quer economizar”, diz Ostrowiecki.

 

Pensando na internacionalização, a empresa deve estrear até o final deste ano um centro logístico no Uruguai para atender aos países do Cone Sul da América Latina – Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile. 

 

A empresa também está pensando criar centros de distribuição para seus produtos de entrada na América do Norte e Central, assim como na China. 

 

“Por enquanto, na América do Sul, a gente ganha no frete. Quando um argentino compara um produto da Multilaser com um da China, o nosso é mais barato. O Mercosul nos permite vender sem imposto de importação”, conclui Ostrowiecki.

 

Foto destaque: Reprodução/www.poupardinheiro.com.br

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