Na tarde de ontem (13), o dólar caiu expressivamente, ficando abaixo de R$ 5,50 no mercado à vista, logo após superar os R$ 5,57. Esse cenário chamou a atenção do Banco Central, que apresentou uma oferta de US$ 1 bilhão em contratos derivativos ao mercado.
Por volta das 16h04 (horário de Brasília), o dólar à vista caía 0,47%, chegando a custar R$ 5,51. Antes das 15h, o valor da moeda chegou à máxima da sessão, custando R$ 5,57, o que dá significado de uma alta de 0,65%. Isso fez com que o Banco Central anunciasse um leilão de contratos de swap cambial tradicional, que na prática funciona como a venda de dólares no mercado de dólar futuro. Sempre que a moeda americana aumenta é para poder controlar a inflação e o preço do real. O Banco Central precisa negociar o dólar no mercado futuro.
A moeda americana chegou a ser negociada a R$ 5,57. (Foto: Reprodução/forbes.com.br)
A reação do mercado foi instantânea. Foi feita uma espécie de liquidação de dólares, fazendo com que a moeda caísse 0,70%, chegando à mínima intradiária de R$ 5,49.
De acordo com um analista de câmbio de uma instituição bancária estrangeira, o “efeito surpresa” da operação e o lote maior de swaps realizado através de leilão pelo do Banco Central provocou a queda do dólar, o que acabou pegando o mercado no contrapé, forçando uma mudança de estratégia dos “comprados” em dólar.
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Desde 30 de setembro, quando o Banco Central precisou recorrer a esse instrumento (leilão de swap), o volume negociado na data de ontem dobrou, se comparado com a data acima.
Num dia em que a moeda brasileira estava visível e, negativamente, separada de seus pares, o Banco Central fez o anúncio do leilão. O real, no momento da sessão, era a pior moeda com um desempenho mais fraco numa lista de três divisas que caíam frente ao dólar. Os demais 30 pares principais da moeda norte-americana se valorizavam ou mostravam uma estabilidade.
O leilão, sem aviso desta quarta-feira, promovido pela instituição responsável pela política monetária do país, se soma às ofertas líquidas e também às operações de rolagem que a autarquia vem realizando nos últimos dias, com o objetivo de prover liquidez ao mercado num momento de forte demanda pela moeda americana.
Swap (do inglês, “troca”) é um derivativo financeiro que promove de forma simultânea a troca de taxas ou da rentabilidade de ativos financeiros entre agentes econômicos. Por meio dele, o BC procura evitar o movimento disfuncional do mercado de câmbio.
Foto destaque: Reprodução/seudinheiro.com