Nos últimos meses, grandes empresas do meio tecnológico e de mídia têm realizado cortes expressivos no quadro de funcionários. Na segunda-feira (24) foi a vez do Spotify Technology anunciar o fim da colaboração de pelo menos 6% dos empregados, somando cerca de 600 pessoas demitidas, sob justificativa de se prepararem para a recessão.
Além dos empregados, a companhia também afirmou a saída do vice-presidente de conteúdos e publicidade, Dawn Ostroff, como parte do plano de reorganização.
Até o fim de setembro do ano passado, o Spotify possuía por volta de 9.800 funcionários. Com o anúncio das demissões, a empresa afirmou a esperança de diminuir suas despesas em 35 milhões a 45 milhões de euros.
A instabilidade da companhia vem ocorrendo desde o ano passado. Ao longo de 2022, as ações da empresa já se encontravam em queda de mais de 50%. Em outubro, o Spotify desacelerou o número de contratações para o restante do ano e para 2023.
Bigtechs demitem 50 mil funcionários em 3 meses (foto: TReprodução/TecMundo)
Crise conjunta
Em apenas 3 meses, grandes empresas do ramo tecnológico e de mídia anunciaram a demissão de 50 mil funcionários. Na sexta-feira (20), o Google fez demissões em massa de 12 mil funcionários que trabalhavam ao redor do mundo. Segundo a agência Reuters, o número significa 6% da força de trabalho da empresa.
Dois dias antes, em 18 de janeiro, outra gigante da tecnologia, a Microsoft, oficializou o corte de 10 mil colaboradores.
Mas porquê tantas demissões em tão pouco tempo? Especialistas explicam que a combinação de fatores como a queda nas vendas e o declínio da pandemia de Covid-19 têm sido os principais fatores da crise das empresas.
Durante a pandemia, com as pessoas em casa, a demanda das bigtechs cresceu, e por consequência, a quantidade de empregados também, mas conforme a melhora do cenário epidemiológico ia acontecendo, muitas encontraram dificuldade de sustentar a desaceleração.
Companhias de popularidade mundial como a Apple, Microsoft, Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (dona do Google) e Amazon perderam cerca de US$ 4 trilhões em valor de mercado nos últimos 12 meses.
Na lista dos que mais demitiram, a Amazon aparece liderando, tendo mandado 18 mil funcionários embora, seguida pela Alphabet (Google), com 12 mil funcionários a menos, pela Meta(Facebook, Instagram e Whatsapp) que demitiu 11 mil funcionários; pela Microsoft que teve 10 mil colaboradores demitidos, e pelo Twitter que sofreu 3.700 cortes.
Foto destaque: Spotify anuncia corte de 6% no número de funcionários. Repodução/ Lucas Jackson/Reuters.