Brasil pode ficar sem combustíveis em novembro

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Petrobras admite que a demanda de combustíveis para novembro é maior do que sua capacidade de produção. A estatal foi obrigada a admitir que não honrará seus compromissos depois que a Associação das Distribuidoras de Combustíveis Brasilcom trouxe a público a informação de que a Petrobras havia feito cortes unilaterais em relação a demanda dos pedidos para o mês de novembro.


Refinaria da Petrobras. (Foto: Reprodução/The Capital Advisor)


Na última terça-feira (19), a Petrobras por meio de um comunicado, informou que não conseguirá honrar com todos os compromissos no próximo mês. A quantidade de pedidos acima da média dos meses anteriores se tornou um problema para a estatal. A consequência disso é que a falta de gasolina e diesel no próximo mês. Mesmo operando trabalhando intensamente, a refinaria precisaria de mais tempo para atender a toda demanda e, um sinal de alerta acendeu para as distribuidoras, o risco de um grande desabastecimento é uma possibilidade real em todo país.

A Associação das Distribuidoras de Combustíveis Brasilcom – representante  de distribuidoras regionais de combustíveis divulgou o plano de cortes unilaterais relacionados ao fornecimento de óleo diesel e gasolina. Após esse vazamento a Petrobras foi obrigada a confirmar que sua capacidade de fornecimento para novembro não atenderia aos pedidos feitos.


Distribuidoras aumenta a demanda do pedido de combustiveis, mas Petrobras não vai conseguir produzir quantidade suficiente para abastecer o mercado. Pode faltar combustível para girar a economia, é possível que falte gasolina e diesel em novembro. (Youtube/CNN Bussines Brasil)


A Petrobras fez inúmeras reduções, algumas delas ultrapassam os 50% do volume solicitado pelos clientes da refinaria. Para A Associação, isso coloca o Brasil em uma condição delicada. O desabastecimento de combustíveis pode prejudicar ainda mais a já combalida economia brasileira.

As distribuidoras não conseguem comprar combustível do mercado internacional pois os valores praticados no exterior são mais elevados que no Brasil, fator que pode agravar ainda mais a crise. No final a diferença desse valor chegaria as bombas de gasolina e o cidadão pagaria o preço por causa do desprovimento ocasionado pela estatal.


Motoristas tentam garantir combustível antes do aumento. (Foto: Reprodução/carroesporteclube)


Os problemas da empresa de capital aberto não são de agora. Nos últimos anos a Petrobras tem buscado praticar os preços de mercado para garantir que prejuízos, em virtude das compras externas, não ocorram. Em períodos “normais”, o Brasil já não produz quantidade suficientes de combustíveis e, por isso, depende do mercado externo.

Mesmo vendo com a aproximação de uma possível crise, a Petrobras diz que os contratos com as distribuidoras continuam vigentes, de acordo com termos, prazos e a sua capacidade de atendimento. As refinarias estão operando em 90% do fator de utilização em outubro, indicando um aumento de 11% em relação ao primeiro semestre.

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Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), “O Brasil é um importador líquido de derivados, quadro que não deve se alterar na próxima década”, disse o instituto, que tem em seu quadro de associados as maiores distribuidoras do país: Vibra Energia (Ex-BR), Ipiranga, do grupo Ultra, e Raízen, joint venture de Shell com Cosan.

“Sem a percepção clara por parte dos agentes econômicos de que os preços variarão segundo regras de mercado, como ocorre com todas as demais commodities, não há segurança para a ampliação do parque de refino nacional”, complementa o IBP.

 

Foto Destaque: Reprodução/OlharDigital

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