A Austin Rating fez um levantamento sobre a inflação do G20, que são as maiores economias do mundo, mostra que o indicador de preços do Brasil tem se desempenhado positivamente em relação ao que se vê nos Estados Unidos e em parte da Europa, onde o custo de vida chegou ao mais alto nível dos últimos 40 anos.
O maior motivo do desempenho se deve a queda nos preços de energia e combustíveis, diferente do que se vê em alguns países da Europa devido a guerra entre Ucrânia e Rússia.
“A expectativa é que haja no Brasil uma nova queda na inflação em setembro, levando o acumulado do ano ao redor de 5%. Já nos EUA e na Europa, a expectativa é que a inflação fique ao redor de 7% ou 8%. Lembrando que a meta de inflação nesses países fica ao redor de 2%, que só deve ser atingido no final de 2023” – comentou o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.
Segundo o especialista, o Brasil, com a meta de 3%, só deve atingir no final do ano que vem ou no início de 2024.
Queda nos preços dos combustíveis são aliados a queda da inflação (Foto: Divulgação/Setcesp)
O ranking da Austin indica que o acumulado deste ano chegou a 4,4%, de janeiro a agosto. O menor índice é o da União Europeia com 7,6%, do Reino Unido com 7,1%, da Alemanha com 7% e dos Estados Unidos com 5,4%. E esses índices se devem a alta no preço dos combustíveis e no preço do gás.
Já os maiores índices, o ranking mostra Rússia, Argentina e Turquia com 14,3%, 78,5% e 80,2% respectivamente. De acordo com Alex Agostini, no ano que vem o Brasil vai estar em uma posição melhor do que se encontra neste ano.
“A expectativa é que em maio de 2023 os juros iniciem um ciclo de queda, porém não tão acentuada devido aos fatores conjunturais da política de contenção da inflação. Medidas como o limite do teto do ICMS não é uma ação consistente que garante uma deflação por um longo prazo” – reitera.
O otimismo para o cenário econômico do Brasil voltou a crescer após as eleições do último domingo. Além disso, a expectativa da baixa na taxa Selic pode acontecer até antes do que se esperava.
A projeção de alta do PIB subiu de 2,67%, para 2,70% neste ano. Para a Selic, a expectativa é a queda para 11,25% no ano.
Foto destaque: Inflação nas maiores economias do mundo (Foto: Divulgação)