Brasil tem a terceira maior taxa de juros no mundo, segundo pesquisa

Melquias Cardoso Por Melquias Cardoso
3 min de leitura

O Brasil mantém a sua posição de terceiro país com a maior taxa de juros no mundo, segundo ranking global de juros nominais da Infinity Asset em parceria com o MoneYou. Em primeiro lugar está a Argentina, como uma taxa de 60%, seguida da Turquia, que aplica taxa de 14%. A reunião mais recente do banco central argentino, inclusive, elevou a taxa básica de juros em 9,50 pontos percentuais, a 69,50% ao ano, com o intuito de combater a alta e persistente inflação. Foi 7,4% só em julho, o maior índice mensal dos últimos 20 anos e o maior anual dos últimos 30 anos. Os juros são um importante instrumento de política monetária. Quando os governos tentam combater a inflação, eles geralmente aumentam essas taxas para restringir a circulação de dinheiro na economia, e consequentemente, reduzir o consumo, O movimento global de políticas de aperto monetário continuou a ganhar força no mundo, com o aumento expressivo no número de bancos centrais sinalizando preocupação com a inflação, mesmo com a queda do preço de commodities.


REPRODUÇÃO: STEVE BUISSINNE POR PIXABAY/DIVULGAÇÃO/JC

Já em terceiro lugar está o Brasil. Segundo o Comitê de Política Monetária, as taxas são reflexo do cenário externo, que se mantém adverso e volátil, com maiores revisões negativas para o crescimento global em um ambiente ainda pressionado. No entanto, de acordo com o BC, o processo de normalização da política monetária nos países avançados tem acelerado, o que impacta o cenário prospectivo e eleva a volatilidade dos ativos. Na última terça-feira (3), o IBGE informou que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) teve queda de 0,68% em julho, o que fez com que o Brasil registrasse deflação pela primeira vez desde 2020. Com isso, o mercado vê mais uma sinalização de que o BC brasileiro diminua o aperto monetário em setembro. 

 

Veja o top 10 dos juros nominais no mundo:

 

1° Argentina: 60,00%

2° Turquia: 14,00%

3° Brasil: 13,75%

4° Hungria: 10,75%

5° Chile: 9,75%

6° Colômbia: 9,00%

7° Rússia: 8,00%

8° México: 7,75%

9° República Checa: 7,00%

10° Polônia: 6,50%

 

IMAGEM EM DESTAQUE: REPRODUÇÃO/FREEPIK

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