Café pode ficar até 40% mais caro em setembro, segundo análise

Laís David Por Laís David
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De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o preço do café para os consumidores brasileiros deve aumentar de 35% a 40% até o fim de setembro. Segundo a associação, as mudanças climáticas e a queda de produtividade são a causa do aumento.

 

Em entrevista ao portal Agência Brasil, o diretor-executivo da Abic, Celírio Inácio, repercutiu o aumento do preço da safra: ‘’Este ano, há uma soma de fatores como não se via desde o início da década de 1990. O dólar está extremamente alto, o que, ao mesmo tempo que eleva os custos de produção, amplia a demanda externa’’, explicou.


 

Temperaturas baixas atrapalharam o colhimento do grão (Foto: Reprodução/Matthew Henry)


A onda de geadas que chegou ao Brasil durante o ano é um dos fatores para o encarecimento, já que a baixa temperatura causa grandes perdas nas plantações do grão. Em nota, o Ministério da Agricultura afirmou que cerca de 200 mil hectares de cafezais foram prejudicados com o frio. Além desse fator, a safra de 2021 também sofreu com a bienalidade, que é um ano menos produtivo para a plantação. 

 

A safra de 2020 atingiu valores recordes: no ano, foram produzidas 63,08 milhões de sacas de café, um aumento de 27,9% em comparação à 2019. Para o ano de 2021, a previsão é de redução: segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra deste ano não deve ultrapassar das 48,8 milhões de sacas comercializadas. 

 


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Em boletim, a Companhia Brasileira de Abastecimento afirma que ‘’as exportações devem continuar aquecidas em razão da valorização do café no mercado internacional e da taxa de câmbio elevada no Brasil, o que tende a restringir ainda mais a oferta interna’’. 

 

Dados da Abic revelam que o consumo de café no país cresceu na pandemia, com um aumento de 1,34% em 2020. O Brasil é o segundo maior consumidor de café no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. 

(Foto destaque: Reprodução/Pixabay)

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