Consumidor brasileiro recupera parte da confiança no mercado, é o que diz Fundação Getulio Vargas

Pablo Alves Por Pablo Alves
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2021 não foi um ano dos mais calmos para os brasileiros, e termina com uma pequena alta na confiança dos consumidores no mercado brasileiro no 6 de dezembro por causa da melhora das expectativas, foi o que mostraram os dados da Fundação Getulio Vargas na quarta-feira, 22/12. Apesar de tudo isso existe uma abertura entre a confiança dos que fazem parte do extrato mais baixo da sociedade e seu inverso, que tem maior renda para gastar.

No Índice de confiança do Consumidor, o ICC, da Fundação Getúlio Vargas, fez um registro em novembro de um ganho de 0,6 ponto, o que fez a marca bater os 75,5 pontos.

Já o Índice de Situação Atual (ISA) teve uma queda de 1,3 ponto, chegando a 65,6 pontos, por sorte esse resultado negativo teve uma compensação pelo ganho de 2,0 pontos do Índice de Expectativas (IE), indo para 83,4 pontos.

“Foi um ano difícil para os consumidores, principalmente para os de menor poder aquisitivo”, analisou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora de sondagens.

“O deslocamento entre confiança dos consumidores de baixa renda dos de alta renda atingiu o maior nível da série dos últimos 17 anos, principalmente em função da dificuldade financeira dos consumidores de menor nível de renda diante do quadro de desemprego, inflação elevada e aumento do endividamento”, continuou.


Essa é a cara da confiança do consumidor brasileiro. (Foto: Reprodução/FundaçãoGetúlioVargas).


Quadro para 2022

Os economistas tem em sua visão um futuro cheio de dificuldades no ano que vai entrar, essa atitude pessimista que ajuda a capitanear a previsão de um baixo crescimento do PIB e da retomada lenta da empregabilidade é o motivo desse desânimo.

EXAME/IDEIA, realizaram pesquisa no início de dezembro onde foi apontado que mais da metade da população entende que a economia brasileira vai piorar ainda mais no ano de 2022, na menor das expectativas será igual a de 2021, o que não foi um ano animador. Nem um terço ousaria apostar suas fichas numa melhora no próximo ano, 18% não querem citar um palpite sobre os rumos da economia brasileira para o próximo ano tamanho seu desânimo.

O maior fantasma que aflige o brasileiro no momento atual é o desemprego. De acordo com a mesma pesquisa, cerca de 29% dos brasileiros entendem que esse é o maior desafio que o país precisa enfrentar para entrar nos eixos.

No levantamento feito pelo Ipea, a taxa de desemprego está em 12,5%, e mostram que dentro desse grupo, existe um terço de desempregados que procuram emprego há mais de dois anos, esse é um recorde negativo numa série histórica brasileira, onde é visualizada a intensidade dessa crise enfrentada pelo brasileiro, e claro que o problema da crise está instalado como um daqueles hospedes indesejáveis que não vai embora.

 

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“2022 será um ano desafiador tanto para a melhora da confiança geral quanto para a diminuição da desigualdade na percepção dos desafios econômicos por famílias com diferentes níveis de renda”, avaliou Bittencourt, da FGV. 

 

Foto destaque: Reprodução/Exame.

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