Educação financeira orienta pessoas das classes C, D e E a se proteger de imprevistos

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
4 min de leitura

O mercado de seguros é uma indústria que operacionaliza com diversos ramos e tipos de cobertura, desde os mais conhecidos como seguros de vida, veículos, residencial, até mesmo os mais específicos como os seguros de saúde, viagem, celular e seguros empresariais. Muitas vezes, a falta de informação sobre como funciona o seguro e, principalmente, a ausência de educação financeira, pode impedir que as pessoas se beneficiem dessa proteção financeira. A compreensão sobre o seguro como medida protetiva e não gasto, modifica o olhar sobre o produto, como explica a especialista em educação financeira e CEO da Barkus, Bia Santos.

“Contratar seguros adequados pode ser essencial para momentos de maiores dificuldades financeiras causadas por emergências, como danos em casa, problemas de saúde, acidentes, doenças, roubos, etc. Porém, a contratação desse produto ainda é feita apenas por uma parcela da população mais esclarecida. Por isso, é importante que o mercado segurador, amplie a comunicação e continue desenvolvendo produtos mais acessíveis e, claro, que toda a população, principalmente os grupos mais vulneráveis, sejam educados para entender como esses produtos funcionam e o quanto podem ser adequados à sua realidade. Sem a disseminação do conhecimento através da educação financeira, não haverá possibilidades de fazer a ponte entre os seguros e aqueles que mais precisam.”, afirma Bia.

A exemplo disto, temos o seguro popular, criado em 2016, pelo governo federal, que  tem como  objetivo tornar o seguro mais acessível para a população de baixa renda. Um seguro mais simples e com custos inferiores, oferecendo proteção básica contra os principais riscos.



Algumas organizações sem fins lucrativos, seguradoras especializadas ou cooperativas de crédito também oferecem os microsseguros. Segundo a Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, em 2022, os microsseguros alcançaram sua máxima histórica na arrecadação de prêmios, com uma receita de R$ 1,05 bilhão, uma alta de 78% em relação ao ano de 2021. Entretanto, a grande maioria das pessoas desconhece sua existência.

“A criação de seguros acessíveis e sustentáveis focados nos públicos específicos é o caminho adequado para inclusão social. Essa fatia específica pode abrir espaço e oferecer diversas oportunidades de garantias as pessoas, visando a mitigação das vulnerabilidades. Sem sombra de dúvida, os seguros inclusivos representam uma opção de desenvolvimento cultural e proteção financeira”, explica Márcia Ribeiro, especialista em Riscos e Seguros.

Nesse sentido, apesar dessas iniciativas, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir que todos tenham acesso ao seguro no Brasil. É importante que o mercado segurador possa criar soluções que sejam acessíveis e adequadas para todos. Além disso, é fundamental investir em educação financeira para que as pessoas possam entender a importância do seguro e como pode se proteger contra riscos e impactos financeiros. Através de canal competente, avaliar e escolher os tipos mais adequados para seu orçamento.

Outro aspecto crucial é a escolha do corretor de seguros Além de ser devidamente aprovado no exame da Escola Nacional de Seguros (Funenseg), o profissional deve ter profundo conhecimento do mercado e suas nuances, ser capaz de orientar escolhas com transparência, ter foco nas necessidades do cliente e acompanhá-lo durante a sua experiência e não somente na contratação e renovação de suas apólices de seguros.

Foto Destaque: Reprodução

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile