O termo surgido na década de 1990 nos teatros da Broadway em Nova York, é comum nas startups do século 21. Na época, eram chamados de “anjos”, os empresários que bancavam os custos das produções artísticas, como os teatros, apoiavam a execução da peça, além que participavam do retorno financeiro do espetáculo. Por essa atitude, foram aos poucos comparados aos seres caridosos.
Uma pesquisa feita por uma investidores-anjo brasileira, a expectativa é que para o ano passado, esse tipo de aporte deve ter sido de R$ 80 milhões, considerando as principais redes de investidores-anjos do país.
O fundador da Fisher, Venture Building que conecta startups e empresas que buscam inovação, Pietro Bonfiglioli, diz que o conceito do termo evoluiu com o tempo e agora designa tanto pessoas físicas, quanto profissionais ou empresários bem-sucedidos, que investem capital próprio em startups. Pietro Bonfiglioli, destaca que esses investidores podem se associar e fazer esses aportes em conjunto, como um grupo de anjos.
Segundo estimativa, esse tipo de aporte no Brasil foi de R$ 80 milhões em 2021. Reprodução (Phototechno/Getty Images)
Esse tipo de investidor tem sua importância e ela se dá na colaboração no progresso das startups, diz Pietro. “Apesar de não assumirem uma posição executiva na empresa, investidores-anjo aportam capital financeiro, fornecem também capital intelectual, apoiando o empreendedor com sua experiência, conhecimento e networking. Por isso, ficaram conhecidos como Smart-Money. Essa atuação aumenta muito as chances de sucesso da startup, além de acelerar o crescimento”, explica o fundador da Fisher.
Para Pietro Bonfiglioli, o investimento-anjo é fundamental em momentos específicos no caminho da startup para que seja de grande importância. “Ele é fundamental nos estágios mais iniciais do ciclo de vida das startups, principalmente pelo componente do Smart-Money. Além do volume investido por pessoas físicas ser menor e fazer mais sentido nas fases iniciais”, diz ele.
Um dos exemplos de investimento-anjo, foi com a aMora, startup de compra de imóveis que recebeu um aporte de US$ 3,2 milhões (R$16 milhões), na rodada finalizada em março, e que foi liderada pelo Global Founders Capital (GFC), fundo global de venture capital responsável por serviços prestados para empresas como LinkedIn, Facebook e Trivago.
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