Entenda o que muda na Petrobras com o fim da Política de Paridade Internacional

Guilherme Tabosa Por Guilherme Tabosa
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A Petrobras, anunciou na última terça-feira (16), o fim da Política de Paridade Internacional (PPI) para o diesel e a gasolina. A nova política terá como premissa preços competitivos por polo de venda, mas que sejam compatíveis com o mercado nacional e global. A antiga regra estava em vigor desde 2016, e levava em consideração o dólar e as oscilações do mercado internacional. Portanto, o governo não podia intervir em caso de alta de preços.

A empresa relatou que a nova estratégia visa o ”custo alternativo do cliente”, além de um valor marginal para a Petrobras. A expectativa é que os novos preços permitem a realização de investimentos de planejamento estratégico. Dessa forma, os reajustes de preços da gasolina e derivados serão feitos com uma frequência definida, mas evitando repasse de volatilidade das cotações internacionais e taxa de câmbio.


Presidente da Petrobras deve ir ao Senado dar mais detalhes sobre o novo plano. (Foto: Reprodução/VEJA)


O valor final do combustível nas refinarias e nas bombas também levava em consideração a logística da carga, ou seja, todo o fluxo que envolve o fretamento de navios, taxas portuárias e a utilização de dutos internos para transporte. Outras empresas e especialistas avaliaram a decisão da Petrobras. Para o Bradesco BPI, os preços ainda devem ser altos. “Já esperávamos que a nova política de preços da PBR fosse altamente subjetiva, sem a divulgação de uma fórmula específica. É provável que os aumentos sejam arbitrários e potencialmente justificados pela busca de paridade de exportação de longo prazo”, avalia a empresa.

No entanto, o mercado internacional deve perder influência no valor final. ”Se as variáveis macro estiverem estressadas para cima, acreditamos que a Petrobras não repassará a volatilidade para o mercado doméstico, deixando o caixa na mesa”, finaliza.

A decisão foi uma das promessas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante sua campanha eleitoral. Seu desejo era ”abrasileirar” o preço dos combustíveis, que siginificaria reduzir o impacto do mercado exterior sobre as bombas nos postos brasileiros.

Foto Destaque: Fachada da Petrobras. Reprodução/ O Globo

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