EUA investigam o desaparecimento de US$ 370 milhões após falência da FTX

Lucas Barbosa Por Lucas Barbosa
2 min de leitura

Um suposto crime digital está sendo investigado pela promotoria dos Estados Unidos após o desaparecimento de US$ 370 milhões da corretora de criptomoedas FTX horas após a empresa solicitar concordata. A investigação dos ativos roubados, iniciada pelo Departamento de Justiça (DoJ), é separada do caso de fraude contra o cofundador da FTX, Sam Bankman-Fried, investigado por utilizar dinheiro de investidores para financiar investimentos em diversos empreendimentos. 

Com o pedido de falência nos EUA em novembro, Bankman-Fried deixou o cargo de presidente executivo após traders retirarem bilhões da plataforma em apenas três dias e a exchange rival Binance abandonar o acordo de resgate. O ex-CEO da empresa está sendo acusado de causar bilhões de dólares em perdas relacionadas à FTX, tendo o caso referenciado como “fraude de proporções épicas” pela promotoria do país. 

Bankman-Fried fundou a FTX em 2019 e acompanhou o crescimento nos valores de bitcoin e outros ativos digitais para se tornar bilionário. Durante os anos como CEO, o empresário agiu como doador de campanhas políticas nos EUA. 

Estima-se que o pedido de falência da empresa tenha afetado cerca de 1 milhão de clientes. No Brasil, uma das vítimas investiu durante dois anos junto à corretora americana, hoje, não consegue ter acesso ao dinheiro aplicado. Segundo um investidor brasileiro, cerca de R$ 30 mil aplicados ficaram retidos na plataforma. Segundo especialistas, recuperar o dinheiro investido é uma tarefa difícil.


Falência da FTX afeta cerca de 1 milhão de investidores. Reprodução/Youtube


Após o colapso da FTX, a direção anunciou que diversos funcionários continuarão na empresa enquanto ela passa pelo período de recuperação judicial, como uma tentativa de reestruturação para pagamento dos credores. 

Com o ocorrido, temores sobre o futuro da indústria cripto têm se alimentado depois que a exchange apresentou uma severa crise de liquidez. 

Foto destaque: criptomoedas. Reprodução/Seu Dinheiro 

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