EUA registram janeiro com queda na venda de imóveis usados

Ana Paula Sousa Por Ana Paula Sousa
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Janeiro registrou um momento de instabilidade no meio imobiliário norte-americano. Tendo sido dos mais atingidos com a queda na venda de moradias nos Estados Unidos, o mercado apontou o menor nível em 12 anos. No entanto, com o ritmo de declínio desacelerando, um otimismo cauteloso vem surgindo, na espera de que a baixa do mercado imobiliário possa estar perto do fim.

As vendas de imóveis usados caíram cerca de 0,7%, para uma taxa anual ajustada de 4 milhões de unidades no mês de janeiro. Segundo informações da Associação Nacional de Corretores de Imóveis, esse é o nível mais baixo desde outubro de 2010, marcando o 12º declínio mensal consecutivo nas vendas, sendo o mais longo desde 1999.

As regiões com menor número de vendas foram no Nordeste e no Meio-Oeste. Em compensação, o Sul e o Oeste registraram um crescimento. Consultados pela Reuters, economistas previam que as vendas de casas subiriam em 4,10 milhões de unidades.

Nos Estados Unidos, as vendas de residências usadas equivalem a uma grande fatia nos números de vendas de imóveis. Em janeiro, elas caíram 36,9% na comparação anual.

Para o economista-chefe da NAR, Lawrence Yun, “as vendas de casas estão chegando ao fundo do poço”.


Mercado imobiliario é um dos que mais sofrem com alta das taxas de juros. (Foto: Reprodução/GettyImages)


O mercado imobiliário tem sido um dos mais atingidos pela campanha de aumento das taxas de juros do Federal Reserve, tendo diminuído pelo sétimo trimestre consecutivo, maior período desde 2009.

Apesar do momento instável, o pior aparenta já ter passado, mas levará um tempo até que o mercado se recupere. De acordo com dados do governo divulgados na semana passada, as construções de residências unifamiliares e as licenças para construção de residências futuras também diminuíram em janeiro.

Casas já existentes valorizaram em cerca de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado, equivalente a US$ 359 mil em janeiro. O mercado contava com cerca de 980  mil propriedades no mercado, tendo aumentado cerca de 2,1% em relação a dezembro e de 15,3% ao ano anterior.

Nos cálculos, seguindo o ritmo de vendas de janeiro, levaria por volta de 2,9 meses para esgotar o estoque atual de casas existentes, ante a 1,6 meses há um ano. As ofertas de quatro e sete meses têm sido vistas como um equilíbrio saudável entre oferta e demanda.

Atualmente, compradores de primeira viagem representam 31% das vendas, acima dos 27% de um ano atrás, e negociações feitas com dinheiro representam 29% das transações, comparada com 27% do ano anterior.

 

Foto destaque:  EUA registra início de 2023 com  queda na venda de imóveis. Reprodução/Shutterstock.

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