Exportação brasileira de carne bovina avança no mercado após reintegração efetiva da China

Wagner Edwards Por Wagner Edwards
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A exportação brasileira de carne bovina teve um salto de 31% no mês de janeiro após a reintegração efetiva da China, principal parceiro comercial de carne do Brasil, segundo apontam os dados do Governo Federal divulgados na última segunda feira (1º). A retomada do comércio simboliza o encerramento da paralisação de 90 dias, estipulada ano passado, após um surto de doenças no setor bovino.

Consoante informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram exportadas o equivalente a 140,5 mil toneladas da matéria in natura no mês passado.

No mês de dezembro, temporada de alta demanda para este setor, a capacidade de exportação da polpa bovina do Brasil alcançou cerca de 150,9 mil toneladas. Deste número, apenas 6,79 mil toneladas foram enviadas ao mercado chinês, uma queda drástica se comparado aos 88,635 mil exportados no ano anterior, de acordo com o Ministério da Agricultura.


Bife mal passado sendo fatiado para consumo (Foto: Reprodução/José Ignacio Pompé).


A interrupção temporária de importações da China aconteceu em virtude de dois casos raros da doença “Encefalopatia Espongiforme Bovina” (EEB), a famosa doença da vaca louca, transmissível para humanos por meio de carne contaminada. A retomada do serviço ocorreu em dezembro após a confirmação científica da OIE, afirmando que os casos já não traziam prejuízos ao rebanho, devido a serem de geração espontânea e não de contaminação.

“A China ficou sem importar do Brasil desde o dia 4 de setembro. Em dezembro, disse que ia voltar a importar e não comprou quase nada, então, o responsável por esse movimento de janeiro foi a efetiva retomada da China”, informou o diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres.

Além de um “repique” de compras, ele afirmou que os chineses também aceleraram parte dos negócios para compor estoques em função do feriado do Ano Novo Lunar, período em que os importadores ficam fora do mercado.

“Se espera que os chineses voltem às compras somente depois do dia 8 de fevereiro, com possibilidade de negócios ainda lentos depois disso devido a alguns que retornam mais tarde”, complementou o especialista.

 

Foto de destaque: Bifes de carne bovina. Reprodução/Kyle Mackie.

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