Fintech brasileira, Stone Pagamentos, tem alta de 40% em Nova York

Pablo Alves Por Pablo Alves
6 min de leitura

A Stone, fintech brasileira criada há 6 anos para facilitar pagamentos, e que provê maquinas de cartões de débito, crédito e voucher para seus parceiros de negócios. Traduzindo, ela é a responsável por realizar a conexão entre os bancos que processam as transações financeiras e as bandeiras de cartões. Mesmo com pouco tempo de existência a empresa compete diretamente com a Cielo e Rede, duas grandes do mercado das maquininhas.

A empresa deixa claro que o motivo para seu crescimento dentro do mercado, apesar dos desafios, é oferecer um serviço que apresente uma forma de negociação mais honesta para os empreendedores, apresentando soluções sem burocracias.

Toda a expectativa está voltada para o primeiro trimestre de 2022, o crescimento de receita previsto é de até 119% nesse período, com isso os ativos da fintech turbinaram uma alta de mais de 40% em Nova York. Esses números superam muito os do ano anterior, na comparação.


Empresa de pagamentos não é unanimidade entre analistas. Fonte (Reprodução/Gazeta do Povo).


No dia 18, o entusiasmo do mercado tinha uma explicação, os números operacionais da Stone referentes ao quarto trimestre, e suas estimativas para esse ano foram observadas com otimismo pelos especialistas e todas as analises apontaram uma direção positiva para 2022.

As ações da  empresa de meios de pagamentos, por volta das 14h (horário de Brasilia), deram um salto de 42%, com isso, a cotação dos papeis bateu Us$ 13,47 durante mais de um mês. É importante lembrar que a Stone sofreu uma queda de mais de 90% um ano antes, quando analisado o lucro ajustado de 2021, foram R$33,7, esses números forma pior do que os analistas previram para o período.

A guinada positiva apresentada pelo mercado está diretamente ligada a especulações e perspectivas. Para Vistor Ricciuti e Daniel Federle, do Credit Suisse, vislumbram um primeiro trimestre para 2022 bem mais promissor, isso mostra que o futuro pode ser melhor do que se pensava, antes das analises. Essa foi o parecer dos relatórios apresentados a clientes.

Dos destaques apresentados, as previsões veiculadas pela fintech tem uma probabilidade de crescimento na sua receita que pode chegar até 119%, só no primeiro trimestre deste ano. O responsável por esse impulso é o aumento no volume total de pagamentos processados entre as micro empresas, e os médios e pequenos negócios, o números esperados são de até 83%.

Segundo o BTG Pactual, o números apresentados no final do atual trimestre foi importante pois a empresa pôde anunciar projeções relevantes para o período apontando o aumento das tarifas (take rate) e o aumento da rentabilidade quando comparamos o trimestre. Essa foi a analise mostrada em relatório que foi chancelado por especialistas do calibre de, Eduardo Rosman.


Mesmo com alta, especialistas recomendam neutralidade. Foto (Reprodução/MobileTransaction).


Em balanço, a Stone declarou que as estimativas são de evolução nas margens para 2022, os ajustes nas politicas de preços realizados em novembro. A empresa também reconheceu os desafios e as dificuldades encontradas no ano de 2021 e diz que foi um período duro, mas os aprendizados foram  importantes para que pudessem corrigir e melhorar o ecossistema da fintech.

Podemos observar as mudanças na cultura administrativa, agora todas as expectativas de evolução tem suas margens declaradas. Para analistas do JP Morgan, encabeçados por Domingos Falavina, isso é positivo.

Apesar do resultado financeiro apresentado pela Stone ter sido considerado baixo, segundo expectativas para esse ano, os números da operação, por incrível que pareça, animaram o mercado. O catalizador disso tudo foi a alta de 87%  sobre o mostrado no quarto trimestre de 2020 na receita trimestral, para R$ 1,87 bilhão, além da alta de 54,5% referentes aos pagamentos processados.

Já analistas do Citi recomendaram a elevação da ação neutra para aquisição, isso ocorreu em seguida ao balanço. Esses resultados são reflexo do momento desafiador, mas o futuro  apresenta sinais de um futuro mais possível e melhor do que o mercado realmente espera, analise feita pela equipe de Gabriel Gusan.

Reconquista/ Suspeição

Os papeis da Stone estavam acumulando queda de 43% só este ano. Tudo isso ao mesmo tempo em meio as liquidações da ações de tecnologia nos últimos meses, a expectativa das altas de juros nos USA, sem contar os ínfimos resultados comporativos. A maior rival da Stone, a PagSeguro, tinha alta de 21,7% na sessão. A influencia dos resultados da concorrente beneficiou o papel do setor positivamente durante o pregão.

Mesmo com algumas visões apresentando um cenário positivo para a Stone, no geral, alguns especialistas preferem manter a cautela pois reconquistar a confiança dos investidores demanda tempo. Mas sem duvida os resultados apresentados nesse primeiro trimestre contribuem para essa reconquista, disseram analistas do BTG Pactual.

Mario Pierry, do Bank Of America, e sua equipe resumiram da seguinte forma: “ Dados os recentes deslizes, nós achamos que a Stone virou um caso de mostre-me (os resultados)”. Seguindo essa orientação, a casa mantem a recomendação “neutra”.

 

Foto destaque: Reprodução/Renda extra Ton.

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