Neste último sábado (22) Dietrich Mateschitz, bilionário austríaco que comandava a Red Bull desde sua fundação, morreu durante a madrugada. O site oficial da Red Bull divulgou uma nota confortando e lamentando a morte do fundador da multibilionária marca de energéticos “a tristeza vai dar lugar à gratidão – gratidão pelo que ele mudou, comoveu, encorajou e tornou possível para tantas pessoas.”
Mateschitz morava em Salzburgo, a causa de sua morte não foi informada, mas estimasse que seja em decorrência de sua luta contra o câncer.
A ideia de formar a Red Bull surgiu nos anos 80, quando Dietrich Mateschitz, que na época era o executivo de marketing da empresa de produtos de consumo Blendax, em viagem para Ásia descobriu a existência de bebidas energéticas, e decidiu usar de sua inteligência de Marketing para dar início a toda uma nova categoria de bebidas, fundando uma das marcas ocidentais mais conhecidas do mundo e usando de sua fama para impulsionar a criação do mercado de energéticos nas Américas.
Em 1987 ele e seu sócio Chaleo Yoovidhya, empresário tailandês, formaram a Red Bull. Agora as tradicionais bebidas doces asiáticas a base de xarope, eram animadas com carbonatação, então embaladas numa lata azul e prata, e o símbolo de um touro vermelho estampava a latinha da Red Bull.
Em 2012 Yoovidhya, a 71ª pessoa mais rica do mundo na época, dono de 49% da empresa faleceu, e sua parte da marca de esportes radicais passou para seu filho Chalerm, de 71 anos, que agora administra 51% da Red Bull, enquanto sua participação representa US$ 24,7 bilhões dos ganhos da empresa.
Patrocinando competições e atletas de esportes radicais de Fórmula 1, surf, ciclismo, corridas off-road, e muitos outros esportes por todo o globo, a marca austríaca Red Bull, estabeleceu-se como a maior marca do mercado de energéticos. Sua receita de 2021 foi quase US$ 8 bilhões (€ 7,8 bilhões), comercializando cerca de 9,8 bilhões de latas do tourinho vermelho.
Latinha de Red Bull comercilizada pela Amazon (Foto: Reprodução/Amazon)
Mateschitz era dono do Hangar-7, um centro de eventos no aeroporto de Salzburgo na Áustria, nele está estacionada os Flying Bulls, sua coleção histórica de aeronaves. Ele também era dono da Red Bull Racing, uma equipe de Fórmula 1 da Inglaterra.
Em 2003, Mateschitz comprou Laucala, uma ilha da família Fobes em Fiji, por um valor não revelado, e posteriormente em 2009, transformou 2.950 acres da ilha num resort de luxo ultramoderno. Mateschitz visitava a ilha duas vezes por ano, e em 2013 chegou a gastar US$ 1,7 milhão num submarino para seus hospedes usarem, segundo a Forbes.
Agora a fortuna de Mateschitz, estimada em US$ 27,4 bilhões, passará para seu filho herdeiro de 30 anos, Mark Mateschitz, e é visto como um possível sucessor do grupo Red Bull, que atualmente trabalha como diretor administrativo em uma empresa de investimentos de seu pai.
Foto destaque: Dietrich Mateschitz fundador da Red Bull morre aos 78 anos Reprodução/Cinco Días – El País