Gestão de inovação não pode faltar no planejamento das empresas

Lorena Silva Por Lorena Silva
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De acordo com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO), em seu relatório Índice de Inovação Global 2021 (IGI), dentre 132 nações, as cinco mais inovadoras são Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Coréia. No estudo, apesar do Brasil ocupar o 57º lugar, atrás de Costa Rica (56º), México (55º) e Chile (53º), países líderes de inovação na América Latina e Caribe, alcançou sua melhor classificação, desde 2012, e foi considerado pela primeira vez como uma economia “expoente em inovação”. Entretanto, por falta de planejamento nas organizações, de um ambiente propício à cultura da inovação e de coragem para agir de forma disruptiva, somente 33,6% das empresas brasileiras são inovadoras, segundo a Agência Brasil, em 2020.

Para o Professor  da FIA, Victor Mirshawka JR, consultor sênior da Fábrica de Criatividade, empresa especializada em inovação e criatividade, o planejamento de capacitação de equipes é uma tarefa desafiadora até para os mais experientes gestores devido à quantidade de fatores envolvidos: investimento, processos, dados, temas, prazos… e o principal, claro, PESSOAS. A decisão estratégica de inovar exige que os líderes enfrentem problemas complexos. Se inovar fosse fácil, toda empresa seria disruptiva. É uma tarefa que demanda esforço, planejamento e, sem sombra de dúvida, grandes líderes. Neste sentido, “o planejamento da capacitação da força de trabalho deve incluir não somente líderes, mas principalmente os liderados que precisam aprender e reaprender habilidades relacionadas ao novo ambiente digital, ao relacionamento, à gestão de equipes, resiliência e a lidar com incertezas”, complementa Mirshawka.


Gestão de inovação (Foto: Reprodução/Divulgação)


Com a pandemia, nos últimos dois anos, o mundo sofreu uma transformação inesperada, caótica e rápida que trouxe consequências para tudo e todos. Principalmente para os colaboradores de uma organização, que foram diretamente impactados pelas novas formas de trabalhar, com o maior distanciamento e dinamismo das relações de trabalho, a necessidade constante de inovação e os impactos de longo prazo (ainda não conhecidos) de uma pandemia sobre a saúde mental das pessoas.

Sem dúvida, um dos grandes desafios das organizações hoje é manter a cultura da empresa e a motivação dos funcionários, que podem estar trabalhando em lugares diferentes, outros escritórios, cidades e até países. Além disso, a flexibilização dos contratos de trabalho contribui ainda mais para o baixo engajamento da equipe com a cultura da companhia. Neste aspecto, a criação de uma cultura criativa voltada para a inovação é um dos fatores mais importantes para treinar o time a fazer entregas disruptivas. E sobre isso, não tem discussão: a mudança de cultura depende da evolução das pessoas.

A inovação tem se mostrado não somente um diferencial competitivo, mas, uma condição obrigatória para operar (e continuar sobrevivendo) no ambiente globalizado cada vez mais complexo e volátil. Além disso, o domínio da AMBIDESTRIA ORGANIZACIONAL (eficiência operacional x busca pela inovação) se tornou um requisito básico para quem quer permanecer no mercado. Em poucas palavras, significa a habilidade de uma empresa ser, ao mesmo tempo, inovadora em seus produtos, serviços e modelo de negócio, e muito eficiente nas suas entregas, operando com o menor custo e a melhor qualidade possível. Mas será que as pessoas estão preparadas para isso?

Assim, entrar para o rol das empresas disruptivas exige mais do que uma boa ideia transformada em serviços ou produtos. É necessário focar nas pessoas, planejar e executar ações que possibilitem o desenvolvimento de uma cultura voltada para inovação. “Mais do que nunca, as organizações atuais precisam prever programas de reskilling (reciclagem profissional) e upskilling (ensinar a um trabalhador novas competências para otimizar seu desempenho,) para desenvolver as habilidades do presente e do futuro – como a liderança, a criatividade, a aprendizagem ativa, e, é claro, a inovação”, complementa o consultor da Fábrica.

Facilitar o processo de colaboração entre os inovadores da organização, para que eles possam fazer isso das maneiras corretas e nas horas certas é fundamental para identificar e desenvolver conceitos genuinamente originais e com potencial de inovação. E assim surgiu a ideia de compilar tais conceitos em forma do e-book: “Gestão da Inovação”, da Fábrica de Criatividade, que será lançado na próxima semana.

Para impulsionar a jornada de uma ideia desde a MENTE do criador até o MARKETPLACE, em nosso e-book, propomos cinco dicas hacks para potencializar o processo criativo do time: 1.Na etapa de geração da ideia, promova a interação e exponha os inovadores a perspectivas diferentes e, se possível, de pessoas que têm pouco ou nenhum conhecimento sobre o assunto; 2. Na fase de elaboração do conceito, adote feedbacks positivos para estimular a autoconfiança da equipe; 3. No estágio de promoção interna, busque o apoio de “network brokers”, pessoas aparentemente desconectadas na organização, mas que possuem as conexões e a influência necessária para fazer a ideia evoluir, 4. Organize um grupo para a implementação da ideia com uma estrutura em forma de “clique”, onde todos têm acesso direto a todos e a visão é compartilhada entre os participantes. Finalmente, 5. Crie espaços para o pensamento individual e exposição a perspectivas diferentes – não recorra cedo demais ao trabalho coletivo para gerar ideias“, finaliza.

Para adquirir gratuitamente o e-book completo, basta acessar: https://conteudo.fabricadecriatividade.com.br/ebook-gestao-de-inovacao

 

Foto destaque: Reprodução/Divulgação

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