A Highline venceu o leilão por 8 mil torres de infraestrutura fixa da Oi, em processo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na última segunda-feira dia 22, coordenado pelo juízo da recuperação judicial da operadora, Fernando Viana. Tanto o administrador judicial da operadora, o Escritório Arnoldo Wald, como o Ministério Público opinaram pela homologação da proposta ratificada da empresa.
A empresa de infraestrutura do grupo DigitalBridge pagará o valor de R$ 1,69 bilhão, sendo R$ 1,08 bilhão no fechamento da operação e R$ 609 milhões até 2026, a depender da quantidade futura da infraestrutura a ser utilizada – ou seja, de acordo com a renovação (ou não) da concessão da telefonia fixa.
Durante o leilão, foram abertos os envelopes lacrados apresentados pelas empresas American Tower do Brasil e IMS Brasil, mas nenhuma apresentou proposta. Dessa forma, os representantes da NK 108 ratificaram a proposta vinculante que já havia sido juntada ao processo de recuperação judicial.
Após manifestações favoráveis à homologação da proposta da NK 108, do Administrador Judicial, representado na audiência pelos advogados Adriana Conrado Zamponi e Igor Garbois Fernandes Ribeiro e do promotor Leonardo Araújo Marques, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, o juiz Fernando Viana deliberou pela homologação.
Imagem: Daniel Castellano/SMCS
Os recursos da venda devem ajudar a Oi, que está em recuperação judicial. Mais cedo neste mês, a companhia informou que sua dívida líquida fechou junho em R$ 16,1 bilhões, queda de 48,7% frente aos três primeiros meses de 2022. A ideia para a Oi é poder mostrar uma saúde financeira maior no processo de finalização da RJ, que deverá acontecer até o final deste mês. Com a venda dos ativos, a empresa apresentará uma melhor condição de caixa, já que não necessariamente precisará abater a dívida como aconteceu no caso da venda da Oi Móvel.