Maior evento do mercado segurador nas Américas discutirá sobre ataques cibernéticos

Karina Cassimiro Por Karina Cassimiro
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Com o crescimento da tecnologia nos setores da economia, os ataques cibernéticos deixaram os usuários cada vez mais vulneráveis, com isso houve aumento na procura por apólices de seguro que indeniza este tipo de risco. Mesmo com a transformação digital, as estratégias de prevenção de incidentes e a contratação de seguros não acompanham a tecnologia dos ataques cibernéticos e continuam ultrapassadas. Essa preocupação será um dos eixos temáticos de discussão na Fides Rio 2023 que acontece entre 24 e 26 de setembro no Rio de Janeiro.

Em abril, nos debates realizados sobre cibersegurança como um dos temas da primeira Oficina Fides Brasil, que aconteceu em Brasília, o diretor-executivo da Associação Argentina de Companhias de Seguros, Gustavo Trias, falou sobre a preocupação de não ter muitas empresas dispostas a investir na cobertura dos ataques cibernéticos. “Temos ainda um mercado muito pequeno nesse ramo de seguro, com poucas apólices voltadas a cobrir o risco cibernético. Estamos alguns passos atrás”, disse.


Segurança cibernetica. (Foto:Reprodução/Pixabay/Thedigitalartist)


De acordo com o levantamento da Fortinet, empresa de soluções de cyber segurança, no ano passado, houve cerca de 360 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos aos sistemas de empresas e organizações na América Latina e Caribe. A empresa analisou a base de dados do FortiGuard Labs para chegar a essa conclusão. No ranking da América Latina e Caribe, o México aparece como o país que lidera o ranking com mais registros de ataques cibernéticos, com 187 bilhões de tentativas em 2022. Logo atrás está o Brasil com 103,1 bilhões de tentativas.

Com o crescimento dos números de ataques cibernéticos, há uma mobilização das seguradoras para buscar soluções que protejam a sociedade. Esses números explicam a razão do tema estar em pauta no maior evento do mercado segurador nas Américas. “O cenário dos riscos cibernéticos evoluiu rapidamente por conta da digitalização dos processos e foi agravado pela pandemia”, explicou Alexandre Leal, diretor técnico da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

O representante da Federação Brasileira de Bancos(Febraban) explicou que os investimentos dos bancos em segurança, física e digital é 10% de cerca de R$ 30 bilhões investidos em tecnologia. Alguns ataques cibernéticos incluem roubo de informações de dados financeiros ou de pagamento de cartão de pessoas físicas de empresas.

Foto destaque: Fides Rio 2023. Reprodução/Fides Rio 2023

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