O dólar fechou em alta esta semana, com valorização de 0,2 % frente ao real. Os dados são do último pregão, na sexta (23). A unidade da moeda dos Estados Unidos fechou por aqui a R$ 4,77, não visto desde fevereiro de 2022. Já no mercado internacional, o índice do dólar, o Dollar Indexx, terminou a 102,8 pontos, uma subida de 0,5. Os resultados refletem uma maior aversão ao risco após o desempenho econômico abaixo das expectativas na Europa e América do Norte.
No velho continente, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) caiu para a mínima em cinco meses de 50,3 em junho, contra os 52,8 registrados em maio. Enquanto nos Estados Unidos, os dados preliminares da indústria ficaram em 46,3 em junho, muito diferente dos 48,4 de maio. Com o PMI do setor de serviços marcou 54,1 em junho, uma queda leve em relação aos 54,9 pontos registrados no mês passado. O Índice de Gerentes de Compras ou, em inglês, Purchasing Managers’ Indexs – PMI é uma métrica baseada em pesquisas com executivos das empresas, como diretores financeiros e outras funções gerenciais. É uma das estatísticas econômicas mais influentes feita pelo setor privado com o objetivo de fornecer dados a analistas, gerentes de compras e diretores empresariais sobre as atuais condições de negócios antes de tomarem decisões.
Índices de Juros e Dólar. Reprodução/Carla Nichiata/Istock
Mesmo com a alta na sexta, o dólar segue caindo pela 5° semana consecutiva, mantendo tendência de baixa. É o que explica Cleber Alessie, gerente de mesa da Commcor Corretora. Entre as principais influências estão o avanço do novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional. Mas ele alerta sobre a manutenção dos juros a 13,75 % também nesta semana: “Ontem, tivemos uma surpreendente tendência de alta para o dólar, em meio a preocupações lá fora. Isso fez com que o mercado de câmbio não reagisse tanto ao Copom”. Segundo ele, o Comitê de Política Monetária – Copom, do Banco Central, sinalizou que a taxa básica de juros (Selic) pode seguir em alta por mais tempo do que o mercado havia previsto, mantendo o diferencial de juros favorável a investimentos no Brasil.
Foto destaque: Notas de dólar. Reprodução/GettyImages/Hammarby Studios