Nesta terça-feira (13), a fabricante de equipamentos eletrônicos Nokia, anunciou a saída do mercado russo. A decisão deve resultar em uma provisão de 100 milhões de euros nas contas da empresa no primeiro trimestre.
O anúncio realizado pelo presidente-executivo da Nokia, Pekka Lundmark, prevê a saída da empresa da Rússia diante do contexto de guerra entre o país e a Ucrânia. No último ano, a Rússia representou menos de 2% da receita da empresa, a previsão é de melhora nos números a partir da decisão tomada.
Na segunda-feira (11), a Ericsson, principal concorrente da Nokia, decidiu suspender os negócios na Rússia por tempo indeterminado. Com a decisão de hoje, a Nokia avança em relação a rival e, assim com outras companhias multinacionais que estão deixando o país, corta relações com a Rússia.
Segundo Pekka, diante do cenário de guerra, continuar no país não será uma alternativa viável. “Simplesmente não vemos qualquer possibilidade de continuar no país sob as atuais circunstâncias”, afirmou o presidente-executivo em entrevista para Reuters.
Diante do cenário de guerra, CEO da Nokia anuncia a saída da companhia do mercado Russo (Foto: Reprodução/Pekka Tynell/Yle)
Com o interesse da Finlândia e Suécia, países que sedeiam a Nokia e a Ericsson, de se juntarem à aliança militar Otan, passou a surgir um clima de tensão entre ambos e a Rússia, o que pode ter influenciado as escolhas das empresas de telecomunicações.
A Nokia, que está presentes em diversos países, ao deixar a Rússia irá afetar aproximadamente 2.000 funcionários. Alguns colaboradores devem receber propostas para trabalhar em outros países da companhia, mas a maioria será demitido.
Sobre as previsões de voltar ao mercado russo, Lundmark não demonstra expectativa, “Muito vai ter que mudar antes de ser possível para nós considerarmos voltar a fazer negócios no país”.
Com a decisão de mais uma multinacionais, além de milhares de desempregados, a Rússia perde em seu mercado e acumula companhias que deixaram o país por conta da guerra.
Foto Destaque: Nokia anuncia saída da Rússia. Reprodução/Jeff Keyzer (CC BY-SA 2.0)/The Moscow Times