“Nós Vamos Invadir sua Praia”, Bolsa de NY vê onda de IPOs Latino-americanos por causa do Nubank

Pablo Alves Por Pablo Alves
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Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) faz previsões de que no próximo ano, mais exatamente no primeiro semestre de 2022, ela vai receber uma série de outras empresas para uma oferta inicial de ações.

Muitas dessas empresas tomarão essa atitude incentivadas pela IPO realizada pelo Nubank ontem, dia 9/12, quinta-feira. “Estamos conversando com fintechs e empresas de consumo e de saúde. Estamos em busca das empresas que estão mudando o mundo”, informou à Reuters Alex Ibrahim, brasileiro que é chefe de mercados internacionais da NYSE.

Essa declaração aconteceu num período que o mercado de papeis americanos tem mostrado sinais de mais vitalidade, aproveitando o vaco criado pelos juros chegando a quase zero. Já no Brasil o cenário é completamente diferente, a simbiose entre Selic e volátil política brasileira fizeram aproximadamente 70 empresas a sobrestarem os planos de estreiarem na B3.

Até o momento o índice S&P 500 acumulou alta de 25%. Nesse mesmo período, com queda superior a 13%, ficou o Ibovespa. Este é o cenário perfeito para as companhias latino-americanas com crescimento célere e que vislumbravam uma possível listagem na bolsa desde o início de seus serviços e procuram mercados mais encorpados, igual ao de Nova York, pois querem alavancar relacionamentos com um rate maior de investidores.

Essa é a terra prometida que só um grupo seleto consegue ingressar. O motivo? A Bolsa novaiorquina só lista empresas que tem o valor mínimo de mercado que chegue a U$$ 200 milhões, com uma oferta mínima de U$$ 40 milhões. Sem esquecer da “governança mais bem arrumada”, comenta Ibrahim.

A NYSE tem aproveitado a oportunidade para acelerar o networking com outras empresas de fora do país. Esse interesse realçou ainda mais depois das empresas latinas ofertarem um recorde de U$$ 120 bilhões este ano em ofertas públicas, lembrando claro dos aproximadamente U$$ 2,6 captados pelo Nubank.


Empresas latinas só tem olhos para NYSE. (Foto: Reprodução/BlogFocaliza)


Anteriormente à instituição financeira virtual, outra plataforma brasileira ja havia estreado por lá, a VTEX, com uma generosa oferta de U$$ 360. Novembro foi hora da CI&T, de Campinas (SP), empresas de tecnologia, que levantou U$$ 195 no seu IPO.

Esses unicórnios (startups com valor acima de U$$ 1 bilhão de mercado) tem sido o foco específico da NYSE. Esse player tem sido um grande colaborador no enfrentamento com sua oponente principal, a Nasdaq. Que ja dominou quando o assunto era listagem das empresas do segmento tecnológico.

Uns 72% de listagens com esse perfil de companhias em bolsas estadunidenses nos últimos anos se formalizaram na Bolsa de Nova Yorke, até o PagSeguro, diz o brasileiro.

Ibrahim não esclarece quais as companhias do Brasil estão em plena negociação para conquistarem seu lugar na terra prometida, NYSE. Mas todos no mercado ja conhecem os planos de algumas delas, Hotmart, Creditas e a Elo.

 

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Essa jogada ocorre no período onde há morosa lide comercial entre China e Tio Sam. Essa celeuma fez com que a gigante dos transportes por aplicativos Didi Chuxing a declinar a opção de ter papeis negociados em Wall Street, isso preocupa a NYSE pois esse movimento pode ser seguido por outras várias empresas das terras de Mao Tsé-Tung. 

Foto destaque: Reprodução/RemessaOnline.

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