O que surgiu como resultado da crise que o mercado financeiro internacional engoliu em 2008, após a derrocada do banco norte-americano Lehman Brothers que entrou em falência e decretou o que muitos chamaram de a 4ª revolução industrial, isso acabou transformando os processos tradicionais físicos para uma completa automatização desse sistema.
Nessa lacuna surgiram as fintechs que ofereceram um serviço de tecnologia que era necessário para o momento e o melhor de tudo era o baixo custo para as empresas, que depois da crise de 2008 não possuíam mais capital abundante que as permitissem investir em desenvolvimentos tecnológicos nem no aperfeiçoamento dos processos executados nos negócios das empresas.
Uma das coisas boas do surgimento das fintechs é que os empregados que haviam sido demitidos depois do crash de 2008 puderam usar todo seu expertise nesse novo seguimento ajudando a impulsionar o crescimento dessas empresas que além dos bancos digitais, apresentam uma infinidade dos mais diversas classes de serviços financeiros.
Bancos digitais, controles de pagamento, criptomoedas, financiamento coletivo, automatização da emissão de notas fiscais, ele também ajuda na democratização do crédito para pequenas e médias empresas online, contabilidade para empreendedores online.
Por isso e por todo sucesso que essas startups tem conquistado no mercado financeiro elas são uma grande tendencia para o ano de 2022 com a apresentação de produtos específicos para públicos, além de parcerias de colaboração com instituições tradicionais.
Esse promissor 2022 só foi possível pois quando se olha para trás ou pelo retrovisor é possível observar um 2021 que apresentou uma nova vanguarda de unicórnios do mercado financeiro. Esse cenário fantástico aumentou no ano passado. No total as startups ultrapassam um valuation de U$$ 1.817 bilhão.
O que teve início lá naquela crise financeira citada no início do artigo, e que pode ser entendida melhor no filme documentário “Trabalho Interno”, onde todos os detalhes da sordidez e da corrupção onipresente de Wall Street ficam explícitos e culminam com o crash do mercado.
Tudo está a apenas um clique. (Foto: Reprodução/RevistaOeste).
No começo era apenas um minúsculo segmento dentro da indústria da tecnologia, isso a dez anos atrás, agora é o setor que mais recebe aportes financeiros. Só em 2021 essas fintechs tiveram um montante de mais de U$$ 130 bilhões em investimentos, representando 20% do total de capital de risco que foi investido.
Nesse período os IPOs aumentaram com a quantidade de startups que fizeram abertura de capital nas bolsas pelo mundo triplicou quando fazemos uma comparação com o ano anterior. Agora o que todos querem saber é como elas vão se comportar no mercado em 2022.
A verdade é que a procura por mais acessos aso serviços bancários se perpetuará e as empresas terão o compromisso de continuar o avolumamento do que ficou conhecida como “Inclusão financeira”, o que oportuniza a geração de um impacto positivo no cotidiano dos consumidores.
“Finalmente teremos uma maneira de movimentar dinheiro pela África que será tão onipresente e rápida quanto o WhatsApp, e quase tão barata.”, afirma Sid Mofya, diretor-executivo da Draper Venture Network.
Nos países onde existe um oligopólio bancário (Candaá e México), a concorrência e a inovação são inerentemente suprimidas. Os oligopólios criarão inovações entre si para sustentar sua própria posição de mercado, mas qualquer posição que ameace essa posição pode ser ignorada oi combatida”, comenta Andrew Harrison, sócio do fundo de capital de risco Section 32.
Um dos diferenciais dessas companhias é justamente focar seus serviços e produtos num público especifico. A história não começou desse jeito, antes, na primeira geração, os produtos apresentavam apenas soluções gerais, o que por si ‘so era uma inovação apenas pela forma como era utilizada. A partir daí as atualizações das ferramentas é o limite.
“Um brinde às pequenas e médias empresas! Veremos soluções de software e pagamentos verticais específicos para todo tipo de atividade, dede caminhões à barbeiros.”, comemora Sarah Morgensters, sócia da firma de capital de risco Flourish Ventures, que é especializada em aportes de fintechs.
“As startups investirão em clientes com identidade interoperáveis, sustentadas por casos de uso de open banking e criptomoedas.
O entusiasmo em torno do potencial do “social login”, aquele realizado por meio de contas de usuários da cadastrados em plataformas, defendido pelo facebook ha dez anos voltará à cena mais uma vez, mas desta vez por causa das fintechs.
Um dos benefícios trazidos pelas fintechs foi a inclusão financeira para muitos cidadão e empreendedores que ficavam excluidos dos metodo utilizados pelas instutuições tradicionais. (Foto: Reproducão/Infocrédit.)
Os cliente desejam que sua indenidade financeira seja transferida de forma transparente e segura pela web. Ferramentas de checkout em um clique de sites de ecommerce e carteiras de criptomoedas serão campos importantes a serem observados e onde haverá muita concorrência.”, afirma Austin Arensberg, diretor-sênior do fundo de capital de risco Okta Ventures, soluções digitais de indentificação.
Com o aumento de IPOs haverá maior colaboração entre instituição mais tradicionais dentro do mercado e as fintechs. Isso porque os números de capitais de risco nas fintechs está crescente a olhos vistos e a disputa para conquistar a atenção dos clientes também só aumenta. Em contrapartida muitas empresas desaceleram seu crescimento após atigirem certo grau de maturidade.
Agora com o cenário que se apresenta, as aquisições e as fusões viraram uma estratégia para todos.
“Fusões e aquisições serão o pilar das discussões nos conselhos de administração e das oportunidades de crescimento estratégico no próximo ano. Como vimos em ciclos anteriores, à medida que o crescimento orgânico diminui, o crescimento inorgânico se torna cada vez mais importante para as equipes de gerenciamento, especialmente naquelas empresas com dinheiro em caixa.
A capacidade de escalar o negócio ainda é fundamental para ganhar um mercado, então esperamos que mais empresas vejam M&As como caminho para atingir esse objetivo.”, Matt Streisfeld, sócio de private equity Oak/FT.
E fiquem atentos pois a Web3 será protagonista trazendo muitas novidades e ricas possibilidades de negócios.
” Este será o ano em que muitas (certamente não todas) instituições financeiras tradicionais passarão a levar os ativos digitais a sério o suficiente para começar a investir recursos.
Na maioria dos casos, isso significa investimentos em softwares ligados a compliance, monitoramento e contabilidade, mas também incluirá contratos comerciais para ofertas de produtos fornecidos por empresas terceiras como Nydig, Paxos e ZeroHash, por exemplo.”, diz Dan Rosen, fundador e sócio da firma de capital de risco Commerce Ventures, com foco na tecnologia para o varejo.
“Em 2022, as inovações no ecossistema de carteiras digitais baseadas na Web3 forçarão as empresas tradicionais de serviços financeiros (bancos, cooperativas de crédito, etc.) a fornecer novos locais e formas para seus clientes guardarem dinheiro digitalmente. S fronteira entre investimentos e contas correntes continuará a diminuir.”, segundo Ambar Bhattacharyya, diretor administrativo da firma de capital de risco Maverick Ventures.
Com todas essas observações e previões, a primeira vista o que temos é um universo de oportunidade que estão disponíveis para o segmento, não sem alguns desafios nesse percurso de 2022. Categorias de novos produtos surgirão ao mesmo tempo que a desaceleração de algumas taxas de crescimento poderá mostrar consolidação.
Como dissemos acima, no ano de 2021, os unicórnios saíram da fantasia e surgiram no mercado financeiro travestidos dessa vez com as fintechs, lembrando que esse fenômeno se deu na maioria das vezes nos mercados emergentes.
https://inmagazine.ig.com.br/post/The-New-York-Times-investe-na-compra-de-site-esportivo
Para se ter uma idéia, na África havia apenas um unicórnio no início de 2021, atualmente o continente possui o número de sete, desse total seis são empresas de tecnologia. Na América latina nós tivemos o Nubank e na Europa foram vistos alguns dos maiores investimentos do setor.
Foto destaque: Reprodução/Shutterstock.