Onda de falências desafia empresas nos Estados Unidos desde 2022

Laura Azevedo Borin Por Laura Azevedo Borin
2 min de leitura

O cenário corporativo dos Estados Unidos tem testemunhado um aumento significativo nas falências de empresas renomadas desde 2022. Esse fenômeno se acentuou, evidenciando-se com gigantes como WeWork e Silvergate entrando em colapso, sinalizando a complexidade financeira que essas entidades enfrentam.

Os registros cresceram mais de 60%, atingindo 516 pedidos nos primeiros nove meses de 2023 em comparação com o mesmo período no ano anterior. Esse aumento, em parte, está relacionado às altas taxas de juros, elevando os custos de empréstimos e encargos de dívida para várias empresas. Contudo, fatores como má gestão e alavancagem excessiva também contribuíram para esse aumento.

A WeWork, conhecida por seus espaços de escritório compartilhados, submeteu-se a recuperação judicial, marcando uma queda dramática de uma avaliação bilionária para uma fração minúscula desse valor. A transformação de US$ 47 bilhões para menos de US$ 50 milhões ilustra vividamente sua trajetória de colapso.


Fachada de sede da empresa WeWork (Foto: Reprodução/ Lorena)


Esfera cripto e as quedas empresariais

Em março, a SVB Financial, controladora do Silicon Valley Bank, e a Silvergate Capital, focada em criptomoedas, entraram em colapso, destacando a crise associada a essa esfera. A queda da Silvergate foi precedida por uma série de insolvências no setor no final de 2022, com corretoras como Three Arrow Capital, Voyager, Celsius e BlockFi enfrentando colapsos sucessivos. A FTX, segunda maior exchange de criptomoedas, também se juntou à lista em novembro, com seu fundador, Sam Bankman-Fried, enfrentando acusações de fraude.

Setor físico abalado

Além das empresas no setor cripto, notáveis cadeias físicas, como a rede britânica de cinemas Cineworld, Bed Bath & Beyond, Party City e RiteAid, enfrentaram pedidos de falência em momentos distintos desde 2022. Essas falências evidenciam a amplitude e a variedade dos setores afetados por essa onda

Outras empresas conhecidas enfrentam falências com passivos superiores a US$ 1 bilhão em 2023, como Yellow Corp., Bally Sports e SmileDirectClub, deixando milhares desempregados e abalando mercados específicos.

Foto destaque: Empreendimentos nos Estados Unidos (Reprodução/ CNN Brasil)

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