Open Banking finalmente chega aos brasileiros

Anne Rocha Por Anne Rocha
4 min de leitura

Depois de desenvolver e lançar o PIX, sistema de pagamento instantâneo brasileiro, o Banco Central do Brasil se prepara para estrear mais uma novidade voltada para o setor bancário do país, o chamado Open Banking.

 

O sistema parte do pressuposto de que, a partir de agora, os dados bancários de cada usuário não pertencem mais às instituições financeiras e, sim, aos próprios clientes. Este projeto do BACEN tem como intuito conceder àqueles que utilizam serviços financeiros a possibilidade e o direito de compartilhar suas informações bancárias com outras demais instituições, além da qual já é cliente. Para que o processo ocorra, o usuário deverá autorizar expressamente que isto é de seu desejo.

 

Vale lembrar que os clientes poderão até mesmo escolher quais dados, por quanto tempo e entre quais instituições desejam compartilhar. O prazo de compartilhamento será de no máximo 12 meses, havendo ainda a oportunidade do usuário encerrar o contato antecipadamente. Assim, cada banco será capaz de ofertar seus produtos e serviços financeiros da maneira que acreditar ser mais adequada ao perfil do consumidor.

 

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Etapas do Open Banking

 


 

Banco Central começa nesta semana a segunda etapa do Open Banking

(Arquivo/Marcello Casal Jr/Agência Brasil)


 

A primeira fase teve início logo em 1º de fevereiro deste ano. Naquela ocasião, as instituições começaram a repassar entre si dados de seus respectivos canais de atendimento, endereços de agências, caixas eletrônicos e produtos e serviços que são oferecidos por cada uma delas. Até aquele momento, nenhum dado de cliente havia sido compartilhado.

 

Na próxima sexta-feira, 13, começa a segunda fase da implementação do sistema. A partir dela, o usuário tem permissão para solicitar o compartilhamento de seus dados cadastrais – como nome, CPF/CNPJ, telefone, etc –  e transacionais entre outras instituições financeiras, caso seja de seu interesse. 

 

No início da 3ª fase, os clientes terão acesso a serviços de pagamentos em canais fora do ambiente do banco, como aplicativos de mensagens ou de compras. Além disso, ainda poderão compartilhar seus históricos de informações financeiras, facilitando principalmente a transferência de recursos.

 

Na sua quarta e última fase de implementação, o Open Banking sugere a ampliação de seu conceito para um novo estágio de evolução, o chamado Open Finance. Nesta etapa, será possível realizar o repasse de outros dados de produtos e serviços, informações relativas às operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência.

 

Conclusão

 

A expectativa é que com a chegada do Open Banking haja um aumento da competitividade entre as instituições financeiras, democratizando o acesso a serviços bancários e promovendo a inclusão financeira no país. Ademais, o sistema auxiliará o cliente bancário a realizar uma melhor gestão de seus recursos financeiros.

 

(Foto destaque: Yan Wong/Pixabay) 

 

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