Era noite de terça-feira (14), o CEO da Tesla e twiteiro Elon Musk registrou uma declaração briosa que afirmava que ele iria pagar mais impostos do que qualquer outro americano em toda a história da receita federal.
O mais incrível dessa história toda é que ele pode estar certo de todas as afirmações, que soaram em tom de ironia, ou desabafo? Você decide. O exótico bilionário realmente pode ter sido pego de calças curtas dessa vez e não conseguir escapar do pagamento de no mínimo U$$ 8,3 bilhões ao governo federal, segundo estimativas da Forbes tendo como parâmetro as vendas dos papeis que tiveram um volume de U$$ 13 bilhões até dia 13 do mês natalino.
Jeff Bezos, proprietário da Amazon, ja passou perto desse valor no ano de 2020 após alienar U$$ 10,2 bilhões de ações da retalhista. No final de toda operação o débito fiscal era de U$$ 2,4 bilhões.
A grande verdade é que somente a receita federal pode afirmar na realidade quem é o maior “colaborador” da história fiscal americana.
Verdade seja dita, nos anos pretéritos, Elon Musk pagou muito pouco ou quase nada de imposto. Investigação da agência ProPublica ganhou publicidade em junho, mostrando que o bilionário quitou U$$ 455 milhões de impostos de renda federal entre 2014 e 2018. Nessa mesma lacuna temporal, sua fortuna pessoal aumentou U$$ 13,8 bilhões. No ano de 2018 Musk deu uma volta no sistema e não pagou nem um xelim de imposto de renda. Como ele fez isso? Ele não vendeu nenhum de seus papeis da Tesla durante o ano de 2018.
Existe uma grande probabilidade do bilionário ter uma série de outros modos de auferir receita que podem ter contribuído para aumentar essa dívida fiscal. Outra tática apreciada por Musk é a declaração de prejuízos de outros negócios para não pagar muitos impostos, outros bilionários também se aproveitam dessa receita de sucesso entre os super-ricos. Ele também colocou a venda cinco mansões na California este ano, e o dinheiro dessas vendas gerou uma onda que estava sujeita a tributação.
The great Scape (A grande escapada) de Musk aconteceu em outubro quando estava no alvo do congresso americano e mesmo assim conseguiu escapar da mira aguçada do senador Ron Wyden (D-Ore.). O senador criou uma estratégia que era um plano de tiro curto que passaria a tributar os ganhos de capital não realizados das pessoas mais ricas dos Estados Unidos. Números divulgados pela Forbes estimam que essa medida sangraria dos bolsos de Elon Musk a quantia de U$$ 29,8 bilhões. Mas no frigir dos ovos a dura medida foi substituída por algo mais soft e menos trágica para os bolsos de Musk.
O CEO não tem um salário recebido da Tesla, muito menos a companhia paga qualquer dividendo sequer para Elon, portanto ele não precisaria ajudar a saciar o apetite do fisco americano, até começar a vender as ações da Tesla num ritmo alucinante no mês de novembro.
Elon Musk vai precisar fazer uma visita à receita. (Foto: Reprodução/CoinTimes)
E é bom Elon Musk ficar na atividade, como diz meu pai, e de olho no retrovisor. Apesar de ter transferido sua residência para o Texas, a California pode ir atras do bilionário para cobrar e taxar os valores obtidos através dos volumes de negócios realizados no estado dourado enquanto era um morador californiano. Juntando todas as peças desse quebra-cabeça fiscal, a carga tributaria dele pode chegar a quase 50%.
Só ha uma forma do bilionario conseguir escapar dessa quantidade de impostos, ele precisa doar um pouco dos papeis da companhia ou dinheiro mesmo, para a fundação filantrópica que leva seu nome, Musk Foudation, ou qualquer outra organização sem fins lucrativos.
Todo contribuinte que declarar detalhadamente suas doações pode conseguir deduções. Não é o caso de Elon Musk no ano de 2021. Documentos da Comissão de valores Mobiliários do EUA deixaram evidente que o bilionário não fez nenhuma doação de ações da Tesla, seu último ato de caridade aconteceu em 2019, à época ele fez um transferência de 11.000 ações da Tesla, que foram avaliadas em U$ 4,1 milhões, os valores foram direito para a sua fundação.
A saga de Musk com os impostos ainda não esta perto do fim. Caso ele cumpra a promessa feita, que era vender 10% de sua participação na companhia de carros elétricos, o fisco americano poderá cobrar mais U$$ 7 bilhões do empresário. No momento as vendas realizadas giram em torno de 3,2% dos papeis.
https://inmagazineig2.websiteseguro.com/post/Conheca-os-cinco-erros-protagonistas-das-PMEs
U$$ 2, 65 bilhões seriam incidência dos tributos referentes ao ganho de capital calculados baseados no preço dos papeis da Tesla no dia 15 de dezembro. Se exercer o restante das opções que expiram em agosto de 2022, U$$ 4,4 bilhões seria o valor devido pelo empreendedor das galáxias, isso se a cotação da empresa se mantiver. Vale a pena lembrar que os ativos da Tesla despencaram quase 22% depois de chegarem ao pico de U$$ 1.222 no dia primeiro de novembro de 2021.
Foto destaque: Reprodução/ÉpocaNegócios.