Por pressão da economia fraca, expectativa é que os preços dos alimentos caiam em 2023

Lucas Bonimani Por Lucas Bonimani
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Com o aumento dos custos de energia, mão de obra e outros, os preços das commodities agrícolas estão cerca de 50% mais altos do que nos tempos pré-pandêmicos, observou o Rabobank, em relatório nesta última quarta-feira (16).

Os preços de commodities agrícolas como café, grãos e oleaginosas podem ter baixa no ano que vem, à medida que muitas das principais economias do planeta entram em recessão, mas permanecerão altos em comparação com a média dos preços ao longo da história, disse o Rabobank em um relatório nesta quarta-feira (16). O banco disse que os consumidores enfrentam um cenário macroeconômico sombrio, com escassez de energia, perigo geopolítico e escassez contínua de algumas commodities importantes, como o trigo; um mau presságio para a segurança alimentar global.



Produção de trigo segue em baixa. (Reprodução/Twitter)


O trigo continua fortemente afetado pela guerra Rússia-Ucrânia e o banco vê um déficit de 6 milhões de toneladas no próximo ano, graças também às perspectivas climáticas incertas na União Europeia, nos Estados Unidos e na Argentina.

Em outros lugares, o Rabobank vê a demanda por café crescendo bem abaixo dos níveis médios de 1,5%, com um clima favorável deixando o mercado com um superávit de 4 milhões de sacas. Enquanto isso, vê os preços do açúcar relativamente baixos, graças novamente em grande parte ao clima favorável. “Os preços agrícolas podem recuar (ainda) não porque a produção vai melhorar significativamente, mas porque a demanda deve ser muito fraca”, disse Carlos Mera, chefe de pesquisa de mercado de commodities agrícolas do banco.

Com o aumento dos custos de energia, mão de obra e outros, os preços das commodities agrícolas estão cerca de 50% mais altos do que nos tempos pré-pandêmicos, observou o banco. Nesse ano de 2022, o preço da importação de comida subiu e bateu recorde de 2 Trilhões de dólares.

Foto Destaque: Grão de café, que pode ter baixa no preço. (Reprodução/Twitter)

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