Poupança supera inflação após três anos

Guilherme Tabosa Por Guilherme Tabosa
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A poupança superou a inflação depois de três anos, segundo levantamento feito por Einar Rivero, head comercial da plataforma Trademap. A Caderneta da Poupança rendeu 7,90%, ou seja, teve rendimento maior que a inflação em 2022. Na última terça-feira, 10, o IBGE ( Instituto Brasilero de Geografia e Estatística) divulgou que o IPCA do ano passado (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou em alta de 5,79%. Nos últimos três anos, a Poupança acumulou sucessivas quedas. Em 2019, foi de 0,05%. No ano de 2020, o recuo foi de 2,30%. Já em 2021 foi marcado por um recorde negativo, 6,37%, o pior em duas décadas, no meio de investimento mais popular entre osbrasileiros.

Além da alta, a Poupança teve um recorde de saque. Foram R$ 103,23 bilhões, de acordo com o Banco Central. Este foi o maior valor sacado desde o início da série histórica, em 1995. O maior valor líquido retirado havia sido em 2015, com R$ 53,56 bilhões.


                           

                                 Principal meio de aplicação financeira no Brasil teve ganho real desde 2019. (Foto: SBT News)


Índices de outras aplicações financeiras

O levantamento também apontou crescimento em outros meios de investimentos. O IHFA (Índice de Hedge Funds), que calcula a média do desempenho dos fundos de investimento multimercado, teve alta de 13,66% no ano. Foi o melhor desempenho em 12 meses, com ganho real de 7,45%. Na sequência, aparece o IDIV (Índice de Dividendos), com ganho real de 6,49%, e o CDI (Certificado de Depósito Bancário), que representa uma taxa que é responsável por dar rentabilidade aos investimentos em renda fixa, teve ganho real de 6,24%.

Outros índices ficaram abaixo da inflação. O Ibovespa, principal índice da B3, bolsa de valores de São Paulo, teve alta de 4,69%, ficando abaixo do IPCA. O Ifix (índice de fundos imobiliários) avançou 2,22%, também ficando atrás da inflação. As BDRs (brazilian depositary receipts), que são títulos ofertados no Brasil de empresas com sede no exterior–, caiu 28,05% no ano passado. A maior queda foi do bitcoin, que recuou 68,27%. 

Foto Destaque: nota de 100 reais. Reprodução: ND Mais

 

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