Presidente da Mastercard Brasil avalia competitividade entre Pix e Whatsapp Pay no Brasil

Tiago Silva Por Tiago Silva
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O presidente da Mastercard no Brasil, Marcelo Tangioni, realizou um evento de final de ano da empresa para apresentação de perspectivas e que contou com jornalistas na última quinta-feira (08). O líder demonstrou confiança em uma competitividade entre os pagamentos pelo aplicativo Whatsapp, parceira de implementação do sistema eletrônico de pagamento, e o modelo eletrônico de pagamento Pix.

A empresa recebeu o aval preliminar do Banco Central (BC) para atuar com pagamentos pelo aplicativo de mensagens do Meta há quatro dias. Porém, a operação efetiva deve ocorrer em 2023.

Segundo Marcelo, que assumiu o comando da Mastercard em setembro deste ano, esta pode ser “uma solução mais completa para compras em lojas”. Além disso, o presidente brasileiro da operadora de pagamentos citou ferramentas que podem entrar no sistema proposto, como parcelamento de compras, reversão de transações, um sistema antifraude e programas de recompensa para clientes.


Marcelo Tangioni é Especialisa em Marketing graduado na ESPM, especializado na Universidade da Califórnia e MBA em Finanças pela Universidade de São Paulo. Reprodução: Mastercard


Tanto Mastercard quanto o Whatsapp tentaram a implementação do sistema de pagamentos Whatsapp Pay em 2020. Porém, o Banco Central barrou o processo para focar no Pix, sistema projetado pela autarquia e que foi implementado oficialmente em outubro daquele ano. Segundo Tangioni, “O que está em jogo aqui não é só a estrutura de gestão, mas uma série de serviços que ajudam essas tecnologias a serem mais inteligentes e seguras”.

A operadora de cartões estadunidense opera pagamentos instantâneos em países como Reino Unido, Índia, Suécia, Finlândia e Noruega. Há um projeto de implementação do sistema de pagamentos instantâneos em desenvolvimento para os Estados Unidos, e a tentativa de implementá-lo no Brasil.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), até o final de 2022, os pagamentos eletrônicos devem atingir o valor de movimentação de 3 trilhões de reais no Brasil, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior.

O Pix aborda pagamentos instantâneos sem cobrança de taxa e funciona a qualquer momento. Além disso, é possível realizar pagamentos por meio de QR Code. Este é, segundo dados de novembro da Associação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Banco Central, o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros, movimentando cerca de 12,9 trilhões de reais, em mais de 26 bilhões de transações, desde sua implementação.

 

 

Foto Destaque: Marcelo Tangioni, presidente da Mastercard Brasil desde setembro deste ano. Reprodução: Mercado & Consumo.

 

 

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