O presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), Gary Gensler, disse em entrevista ao Yahoo Finance, na última terça-feira (06), que as empresas que auxiliam e facilitam a dinâmica de transações de criptomoedas devem seguir a lei.
Segundo o ex-banqueiro, o modelo de negócios destas organizações traz um retorno interessante no mercado de criptomoedas, mas que “negocia contra seus clientes”. Consequentemente, a conformidade delas se torna cada vez mais estreita em relação a comissão. Gensler também rotulou as empresas intermediárias de ativos digitais como “criptocassinos”.
Para o presidente da organização, apesar de considerar que a SEC tem autoridade suficiente para aplicar normas, mais recursos precisam ser utilizados para consolidar a legislação.
Gary Gensler, presidente da SEC (Foto: Reprodução/Flickr)
“Os empresários neste campo escolheram – é uma escolha – tentar contornar a lei, se estão se estabelecendo no exterior e prestando serviços a atores estrangeiros. Mas se eles estão entrando nos mercados dos Estados Unidos, eles precisam entrar em conformidade”, disse Gary Gensler.
O presidente da Comissão de Valores Mobiliários reforçou, também, que na próxima quarta-feira (14), o órgão independente aceitará as recomendações de sua equipe especializada no setor de criptomoedas a respeito da estrutura do mercado de ações.
Gary Gensler nasceu em Baltimore, no estado de Maryland, nos EUA. Ele tem 65 anos e é ex-banqueiro de investimentos, atuando como presidente da SEC desde abril de 2021.
Ele também foi o primeiro Secretário Adjunto do Tesouro para os Mercados Financeiros dos Estados Unidos e atuou no cargo entre 1997 e 1999, durante o mandato do ex-presidente Bill Clinton. De 2000 a 2001, ainda sob o governo Clinton, Gary atuou como Subsecretário do Tesouro para as Finanças Internas, sendo a quinta pessoa a assumir o cargo. Entre 2009 e 2014, durante o mandato de Barack Obama, foi o 11º presidente da Comissão de Negociação de Commodities.
Foto destaque: Ilustração de criptomoedas. Reprodução: Fundação Instituto de Administração (FIA)