É notório que a forte desvalorização do real e a grande crise vêm criando oportunidades para que os brasileiros comecem a viver no exterior. Cada vez mais são enviados recursos para o Brasil para a compra de imóveis e investimentos em negócios, uma vez que o dinheiro que ganham fora do país valem muito mais do que aqui. Isso ocorre mesmo que não pensem em voltar e levar uma vida mais confortável.
De acordo com dados do Banco Central, o valor é recorde para um semestre desde 2010, no início da série histórica. Isto também representa uma alta de 25% em relação ao 1º semestre de 2020 e de 36,5% em relação ao mesmo período de 2019, ano anterior à pandemia.
Segundo dados do Banco Central, as remessas do exterior bateram recorde no primeiro semestre deste ano, somando US$ 1,89 bilhão, o equivalente a R$ 10,16 bilhões. (Foto: M. Torres/Getty Images)
Compras de imóveis e investimentos financeiros, são os principais destinos destas remessas. Com o real desvalorizado, os preços ficam mais atraentes para quem ganha em dólar.
Os mesmos apontaram também um recorde entre janeiro e junho no envio de recursos para três países que possuem comunidades brasileiras: EUA (US$ 946 milhões), Reino Unido (US$ 370,4 milhões) e Canadá (US$ 27,9 milhões).
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De acordo com as informações do Poder360, a partir do início do governo de Jair Bolsonaro o dólar já subiu 39%. A cotação da moeda norte-americana em 30 de dezembro de 2018, último dia útil antes da nova gestação, foi R$3,87.
A moeda norte-americana é considerada um dos investimentos mais seguros do globo. Em momentos de forte aversão a risco, na qual investidores tendem a comprá-la como forma de proteção.
(Foto destaque: Real desvalorizado faz remessas de brasileiros no exterior baterem recorde. Reprodução/Marcello Casal)