Reoneração sobre o diesel deve ser adiantado pelo governo federal

Rafael Casemiro Por Rafael Casemiro
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O governo de Lula (PT) pretende antecipar a reoneração do diesel, que antes estava prevista para janeiro de 2024, a fim de bancar as novas medidas propostas pelo governo de redução de impostos na venda de carros de populares. O projeto foi sugerido por Fernando Haddad, Ministro de Fazenda. A informação foi divulgada pelo G1 e confirmada pelo Estadão.

O programa de descontos de impostos em carros de até R$120 mil ainda não foi anunciado oficialmente, porém a previsão é que o governo federal o faça na próxima segunda-feira. A expectativa é que o retorno dos impostos sobre o diesel seja feito em duas etapas: metade em setembro de 2023, e o restante em janeiro de 2024.

A estimativa é que a roneração trará uma arrecadação de cerca de R$3 bilhões, e irá compensar o pacote de redução do preço dos veículos, que deve custar R$1,5 bilhão. O restante do valor vai ser usado para reduzir o rombo das contas públicas de 2013, que atualmente está em R$136,2 bilhões.

O governo vai conceder créditos tributários aos fabricantes de veículos, ao invés do corte de PIS/Cofins e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), como era previsto pelo plano original de Geraldo Alckmin, presidente do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio.


Renault Kwid. Reprodução: Divulgação/AutoEsporte Globo


Hoje, os carros mais baratos a venda no Brasil, Renault Kwid e Fiat Mobi, custam R$ 69 mil, na versão mais básica. Caso o desconto for baseado apenas no valor de bônus, os valores seriam reduzidos em R$ 8 mil, atendendo as três exigências do governo. O tão conhecido “carro popular” custaria R$61 mil. A meta do governo federal era chegar ao valor limite de R$60 mil, que não será alcançado. Para que isso ocorra, será necessário que as montadoras disponibilizem um desconto extra nos carros.

Foto Destaque: Bomba de combustível. Reprodução: Valor Economico Globo

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