Saiba as melhores opções para investir em 2022, e fique longe dos riscos

Pablo Alves Por Pablo Alves
10 min de leitura

Juros elevados, inflação e Covid-19, o ano de 2022 promete ser volátil e todas essas características vão direcionar e influenciar as análises dos especialistas na hora de escolher o investimento no qual ele vai aportar suas divisas. O ano ainda não virou mas já se sente a intensidade do fluxo piroclástico emanado por 2022, ninguém pode negar a apreensão do mercado financeiro com todos esses fatores que citamos acima.

Por isso os investidores recepcionam o próximo ano em estado de alerta observando os passos dados pelos principais bancos centrais do mundo. Já a condição política também não traz estabilidade. Isso porque as incertezas não tem previsão para acabar, principalmente por ser um ano eleitoral no Brasil, relizadas em outubro. Mês que também acontece o vigésimo congresso do Partido Comunista da China, o resultado desse congresso pode trazer uma nova dinâmica para a economia mundial. Nos Estados Unidos as eleições legislativas de meio mando acontecem em novembro.

No Brasil o ano vira sem a mesma tranquilidade de 2021 que apresentava uma inflação menos agressiva e a Selic se mantinha em 2% ao ano. Mesmo com todas essas problemáticas a expectativa é que 2022 termine com a inflação acima da meta.

Setores auspiciosos

Bancos

Mesmo com o aumento da concorrência com as finthes os bancos tem a preferencia dos mais conservadores. Com a piora da macroeconomia e os juros altos é melhor não arriscar.

“É um setor que ja sofreu bastante na bolsa e, com o cenário de juros subindo, tende a ser mais resiliente. Gostamos tantos dos bancos tradicionais, como Itaú(ITUB4) e Bradesco (BBDC4), que mostram maior solidez, quanto de digitais, como Banco Pan (BPAN4), com história de crescimento”, diz Gustavo Wolf, analista da gestora Meraki Capital.

O analista da casa Levante, Enrico Cozzolino, avaliou que as grandes instituições financeiras estão com “múltiplos históricos baratos”. Ele tem a expectativa de que parte do provisionamento realizado em 2020 para cobertura de um aumento da inadimplência possa ser reepristinado em 2022, so que agora como lucro.

“Os bancos foram extremamente conservadores e o susto ( com a inadimplência) ainda não ocorreu, estimamos que o provisionamento possa ser aliviado para 2022”, analisa Enrico Cozzolino, analista da casa de análises Levante.


Qual é o melhor horizonte para seu investimento. (Foto: Reprodução/TrapMap).


Siderurgia

Para o analista da casa de análises Empiricus, João Piccioni, existem várias opções na indústria do aço que estão sendo negociadas na bolsa com alguns dos múltiplos mais baixos, um contraste pois o setor vive momento muito favorável.

Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3), são exemplos de relação preço/Lucro está abaixo 3x. Gerdau (GGBR4)e suas ações, segundo Piccioni, é o melhor potencial de ganho. Essa escolha leva em consideração a exposição da construtora à construção civil e a economia estadunidense. Por causa do aumento na demanda de aço ocasionada pela celeridade na execução do plano de infraestrutura do governo de Joe Biden.

“As margens da Gerdau nos Estados Unidos melhoram muito no último trimestre. O preço do aço, que subiu muito nos últimos seis meses, deve arrefecer, mas a dinâmica de crescimento da companhia deve manter os bons resultados no exterior”, termina.

Aqui no Brasil, o especialista crê na continua demanda elevada por aço por causa da construção civil, nem a taxa de juros elevadas na hora do financiamento imobiliário. “Apesar da dificuldade para o ano que vem, as construtoras precisam entregar os projetos, o que deve manter a demanda por aço elevada internamente”.

 

Saúde

Sem dúvida um dos favoritos dos investidores, segundo Piccioni. O setor passa por intensa fase de robustecimento.

Durante o ano de 2021, Rede D`Or (RDOR3) e Viveo (VVEO3), fizeram mais de 15 aquisições. Os interessados aguardam o final dessa operação com expectativas positivas, essa deve ser a maior operação do setor, a fusão entre Hapvida (HAPV3) e Notre Dame Intermédica (GNDI3).

Nota emitida pelo Conselho administrativo de Defesa econômica (Cade), decreta que a operação é complexa. O mercado espera que a fusão seja aprovada, isso dara impulso aos ativos das duas companhias. A Empiricus aguarda comas mesmas expectativas. “DSe a Hapvida e Intermédica se juntarem, é muito provável que elas ganhem mercado”.

Piccione aponta outras oportunidades no setor. Apesar de passarem por momentos de baixa performance ele confirma ser opções atraentes. Oncoclínicas (ONCO3). Acumula perdas de 55% desde a IPO. “O mercado puniu demais as ações, mesmo com a empresa entregando o prometido e crescendo substancialmente em resultados”, termina Piccione.


Especialistas analisam onde seu dinheiro pode crescer mais. (Foto: Reprodução/FDR).


Investimentos menos atraentes

Construção Civil

O setor vai ter um ano desafiador em 2022. Muitas companhias apresentam uma desaceleração nos volumes de alienação e um aperto nas margens por causa da inflação. Onde tudo fica evidente é no Índice imobiliário da B3 que apontou uma queda de 30% no ano. “O mercado está precificando um cenário mais desafiador, com o aumento da taxa de juros encarecendo o financiamento para o comprador”, fala Cozzolino.

Essa percepção depreciativa sobre o mercado tem jogado os papeis do segmento na lona, por isso a negociação acontece a multiplica baixos. Dessa vez, para Piccione, esses números baixos estão longe de representar uma boa oportunidade. “Os múltiplos das empresas sobre o valor patrimonial estão em patamares de dois a três anos atrás. Isso trás uma falsa sensação de que são baratas.”

O especialista da Meraki capital, Wolf, corrobora esse argumento. “Setores de tíquete mais altos, como o de contrução, acabam sendo mais penalizados. Esse é o motivo da queda de suas ações. Mesmo assim, não é possível enxergar mudança que indique possível melhora. O cenário é ruim mesmo” 

 

Varejo

Afetado pelas altas taxas de juros e também pela baixa atividade do setor, o varejo é observado com grande cautela pelos investidores. “A piora do cenário macroeconômico vai afetar, principalmente, o varejo de baixa e média renda”, diz Wolf.

Na análise de Piccione, o setor deve ser ainda mais pressionado por causa da inflação, a camada ocupante do extrato mais baixo da sociedade vai ser obrigada a aumentar seus gastos essenciais, alimentação, luz, que não param de aumentar.

Dessa vez, para os investidores, Piccioni, consegue ver algumas oportunidades, ainda mais quando o assunto é o e-commerce. Mesmo com essa análise ele não acha que o mercado pagará os mesmos múltiplos de 2020, nesse período algumas medidas de restrição levaram a busca por papeis do varejo digital.

“O mercado estava precificando um ano extremamente positivo para os próximos anos, eram múltiplos altíssimos. Mas também não devem ser precificadas como commodities. Essas empresas fizeram investimentos para dez, vinte, trinta anos e o e-commerce segue crescendo”.

Wolf diz que varejo com foco no consumidor de alta renda, Vivara (VIVA3) e Arezzo (ARZZ3), são boas alternativas e uma estratégia que permite avançar jogando recuado nesse setor, lembrando da menor elasticidade da demanda dessas empresas ao preço. “São mais resilientes.”

 

Techs

A B3 inovou e as ações voltadas para tecnologia tiveram o protagonismo  da agenda de IPOs no ano de 2021. Só que não foi um ano positivo no que diz respeito a valores, muito pelo contrário. A expectativa de crescimento futuro atreladas ao preço fazem os papeis do setor ter múltiplos mais altos.

As condições de estreitamento na poítica monetária de Estados Unidos e Brasil não inspiram os investidores a pagar prêmios vultosos com a expectativa num crescimento futuro. E o pior, as condições de crédito mais difíceis não ajudam o ânimo no setor. Além do mais esses juros altos diminuem o valor atual do papel.

 

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“Estamos vendo um areprecificação dos ativos de tecnologia. Alguns negócios chegaram na bolsa com múltiplos de receita elevadíssimos e vão estar sob risco no ano que vem, já que precisam entregar muito crescimento e podem não conseguir. é um segmento em que, na bolsa brasileira, eu ficaria fora”, argumenta Piccioni, da Empiricus.

Foto Destaque: Reprodução/CarteiraS/A 

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