O setor de serviços cresceu pelo quarto mês seguido. Alta de 0,7% em agosto, segundo o IBGE. Em julho, o crescimento foi de 1,3%. O desempenho foi puxado pelos setores de serviços financeiros e tecnologia da informação. Os números do momento são 10,1% acima do nível pré-pandemia e estão apenas 0,9% abaixo do recorde estabelecido em novembro de 2014.
O destaque foi o setor de outros serviços, com alta de 6,7%. Essa área corresponde a desde consultoria de investimentos a administração de condomínios. No mês anterior havia tido queda de 5%. A outra grande contribuição para o crescimento foi o setor de informação e comunicação, com alta de 0,6%. O motivo foi o momento vivido pela área de tecnologia da informação, que cresceu com a pandemia e a mudança para home office.
O setor de serviços prestado à família (salões de beleza, academias, cinemas) segue em crescimento, mas abaixo do patamar pré-pandemia. Teve alta pelo sexto mês seguido, dessa vez de 1%. Ainda assim, 4,8% abaixo de fevereiro de 2020. Esse foi o setor mais afetado pela pandemia.
Foto: Cinema. Reprodução/Rubens Cavallari/Folhapress
Os transportes registraram a primeira queda dos últimos quatro meses. Segundo o IBGE, isso acontece porque julho, por ser um mês de férias, costuma ter números mais altos do que o comum, o que gerou queda em agosto. A baixa foi 0,2%. Enquanto isso, os serviços profissionais complementares e administrativos se mantiveram estáveis.
Especialistas afirmam que é normal esperar uma diminuição de ritmo após quatro meses de crescimento, mas que é preciso esperar os próximos meses para chegar a uma conclusão. Além disso, o setor de serviços pode sentir o impacto dos juros altos de maneira mais tardia em relação aos outros. A indústria teve queda de 0,6% e o comércio de 0,1%.
Foto destaque: Setor de serviços. Reprodução/Wilson Dias/Agência Brasil