O empresário Francisley Valdevino da Silva, o ‘Sheik dos Bitcoins’, e uma rede de empresas que eram controladas por ele foi condenado pela juíza Laura de Mattos Almeida, da 29ª Vara Cível de São Paulo, a devolverem a quantia de R$ 17.723.569,82 ao empresário paraibano José Janguiê Bezerra Diniz, fundador do Centro Universitário Maurício de Nassau, conhecido por ter comprado a mansão do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos, em São Paulo, pela soma de R$ 27,5 milhões. José Janguiê é uma das vítimas do golpe aplicado pelo ‘Sheik dos Bitcoins’.
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Entrevista de ‘Sheik dos Bitcoins’ para o programa Domingo Espetacular. .(Reprodução/YouTube/Domingo Espetacular)
O empresário José Janguiê e seus familiares apontaram terem feito uma série de contratos com a empresa de Francisley para ‘alugar’ criptomoedas, entretanto ele e sua família se tornaram vítimas de pirâmide financeira. Sendo assim, eles moveram uma ação onde convocam o Código de Defesa do Consumidor para pedir o ressarcimento de valores investidos com o ‘Sheik dos Bitcoins’. A juíza analisou o caso e atendeu o pedido, considerando ‘a posição de fornecedora’ do grupo de Francisley e a ‘posição de consumidor das pessoas atingidas pelo fato dos serviços por elas prestados’. A juíza entendeu que as empresas falharam na consecução dos serviços prestados aos consumidores. “Incumbiam aos réus comprovarem a efetiva prestação dos serviços contratados pelos autores, ônus dos quais não se desincumbiram, não havendo qualquer prova que demonstre o pagamento de rendimentos ou a restituição dos criptoativos”, escreveu.
Vamos relembrar o caso, Francisley Valdevino da Silva é suspeito de chefiar fraudes bilionárias com criptomoedas no Brasil e no exterior. A Polícia Federal indiciou o ‘Sheik dos Bitcoins’ por cinco crimes: organização criminosa; estelionato; obter ganhos ilícitos mediante especulações ou processos fraudulentos; lavagem de dinheiro; emitir título ou valores mobiliários sem registro prévio junto à autoridade competente. O ‘Sheik dos Bitcoins’ está preso desde 3 de novembro de 2022, sendo suspeito de cometer crimes a partir de 2016.
Foto destaque: Bitcoin. Reprodução/Freepik/Sketchepedia