As carnes da maior empresa frigorífica dos Estados Unidos, a Tyson Foods, sofreram um aumento de preço após uma valorização notável das ações da companhia durante a última segunda-feira (7). Os lucros quase dobraram nesse primeiro trimestre e superaram as expectativas estimadas para o período.
Conforme os donos de restaurantes criam novas receitas para reconquistar o público consumidor após a queda da clientela em virtude pandemia, maior o consumo de carne se torna. Com isso, os frigoríficos aproveitam a chance de elevar o preço das mercadorias a fim de aproveitar o lucro e ainda custear os novos índices elevados de mão-de-obra e transporte.
O CEO da firma, Donnie King, assumiu que já enxerga menor rotatividade e redução na ausência de trabalhadores, eventos que se tornaram realidade após a disseminação da nova variante Ômicron do coronavírus. De acordo com King, é esperado uma maior disponibilidade de trabalhadores para o restante do ano.
Ensaio fotográfico de uma carne bovina. (Foto: Reprodução/Wesual Click).
Nesse primeiro trimestre, a Tyson comunicou que a média dos preços da carne bovina alavancaram cerca de 32%, equilibrando a queda no volume causado pelas restrições na cadeia de suprimentos. Isso auxiliou a margem de operação da Tyson a crescer para 11,3%, valor bem acima dos 6,7% registrados no mesmo período durante o ano passado.
Em contrapartida, o aumento dos preços da carne preocupara o governo de Joe Biden. Analistas disseram que o aumento das margens operacionais poderia atrair mais escrutínio indesejado de Washington para a Tyson e três outros gigantes da indústria que abatem cerca de 85% do gado engordado com grãos no país.
As vendas que representam a média geral da Tyson aumentaram de 25% (equivalente a US$ 5 bilhões), impulsionando as vendas da sede da empresa, em Springdale (Arkansas), subirem para 23,6% (cerca de US$ 12,93 bilhões), segundo dados da IBES da Refinitiv.
Foto de destaque: bife de frango da Tyson. Reprodução/Wall Street Journal.