Investimentos no exterior: Como aproveitar a queda de juros nos EUA

Como a queda nos juros dos EUA está mudando o cenário de investimentos para brasileiros

Joshua Diniz Por Joshua Diniz
5 min de leitura
Foto destaque: Queda nos juros dos EUA pode facilitar os investimentos no exterior (Reprodução/Ozan Kose/Getty Images Embed)

A recente queda de juros nos Estados Unidos, que reduziu as taxas em 0,5 ponto percentual, trouxe um novo cenário para o mercado financeiro internacional. Com a taxa agora variando entre 4,75% e 5% ao ano, especialistas apontam que esse movimento pode impulsionar o crescimento econômico e criar novas oportunidades de investimento, principalmente no exterior.

Mas quais são os setores e ativos mais promissores nesse novo contexto? A renda variável, especialmente ações nas áreas de logística e tecnologia, tendem a ganhar força, enquanto os títulos de renda fixa ainda mantêm atratividade para investidores mais conservadores e cautelosos.

Melhores investimentos no exterior

Com a recente queda na taxa Selic, os investidores brasileiros estão buscando alternativas mais rentáveis para proteger e aumentar seu patrimônio. O corte dos juros afeta diretamente o rendimento dos investimentos tradicionais de renda fixa no Brasil, como o Tesouro Direto e os CDBs, o que está levando muitos brasileiros a olharem para o mercado internacional em busca de oportunidades mais atrativas. Entre as opções mais recomendadas, a diversificação em ações, ETFs (Fundo Negociado em Bolsa) e títulos estrangeiros tem ganhado destaque, especialmente em mercados maduros e estáveis como o dos Estados Unidos.

Na renda variável, empresas dos setores de tecnologia e transporte estão entre as mais recomendadas. Ações de gigantes como Meta (proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (Google), Nvidia e empresas de logística como Union Pacific e CSX Corporation são alternativas de grande potencial de crescimento. Além disso, ETFs que englobam uma variedade de empresas e setores, como o iShares SP500 (IVV) e o Vanguard Real Estate (VNQ), que investe em imóveis comerciais, também são opções que proporcionam exposição a múltiplos ativos com menores riscos individuais.

Para quem prefere a renda fixa, os títulos públicos norte-americanos, como os Treasury Bonds, são uma escolha segura, oferecendo retornos que podem chegar a 3,97% ao ano para títulos com vencimento em 12 meses. Já para investidores que buscam exposição à dívida corporativa, o ETF LQD é uma excelente opção, investindo em títulos de grandes corporações. Outras opções de ETFs de renda fixa incluem o ETF TLT, que investe em títulos de longo prazo da dívida pública dos EUA.


Maioria dos brasileiros tem dúvidas sobre como investir (Foto: reprodução/Halfpoint Images/Getty Images Embed)


Dúvidas dos brasileiros sobre investir no exterior

Apesar das oportunidades, muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre como investir no exterior e quais são os melhores caminhos para começar. Um dos pontos mais levantados é o valor mínimo necessário para iniciar esse tipo de investimento. A boa notícia é que, ao contrário do que muitos pensam, não há um valor mínimo fixo. Ações podem ser adquiridas em frações, e para títulos públicos, os valores variam entre US$ 1.000 e US$ 5.000.

Outro ponto de questionamento é a escolha da plataforma correta para realizar esses investimentos. No Brasil, existem várias corretoras que facilitam o acesso ao mercado americano, como Avenue, Nomad, Inter, C6 e Webull Brasil. Essas plataformas oferecem a facilidade de operar em dólares e permitem que o investidor diversifique sua carteira com ativos internacionais de forma simples e prática.

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) também surgem como uma alternativa para quem não quer sair da B3. Esses recibos simulam o desempenho de ações estrangeiras na bolsa brasileira, permitindo que o investidor participe de mercados internacionais sem precisar abrir uma conta fora do país.

Uma questão recorrente é: por que investir em dólar? A resposta é simples. O dólar é uma moeda estável e globalmente valorizada, além de ser uma forma eficaz de proteção contra a desvalorização do real e a volatilidade econômica do Brasil. Além disso, investir em ativos internacionais traz uma importante diversificação geográfica, protegendo o patrimônio contra riscos locais e permitindo uma exposição a mercados que, muitas vezes, apresentam maior estabilidade e crescimento.

Finalmente, a diversificação é uma das principais recomendações dos especialistas. Alocar recursos em diferentes ativos e mercados ajuda a diluir riscos e protege o patrimônio contra as flutuações econômicas locais. Seja através de ações, títulos ou ETFs, investir no exterior não só oferece rentabilidade potencialmente maior, como também proporciona uma proteção cambial e inflacionária, importante para o investidor brasileiro que busca preservar e aumentar seus rendimentos.

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Redator das editorias de Cinema/TV, Música, Celebridades e Tech, um fã apaixonado de cultura pop e estudante de comunicação social na UNISUAM. (Email: joshuagabrieldeabreudiniz@gmail.com)
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