Depois do escândalo que ameaçou encerrar suas operações, a 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro homologou na última segunda-feira o plano de recuperação judicial do grupo. O anúncio foi feito pela empresa.
Durante o anúncio, a companhia acrescentou que “divulgará comunicados aos credores e ao mercado a respeito dos prazos a serem iniciados com a publicação da decisão judicial que homologou o PRJ”.
A varejista entrou com pedido de recuperação judicial no início do ano passado após a descoberta de um rombo contábil de 20 bilhões de reais, em um dos maiores escândalos corporativos da história do Brasil.
Prejuízo liquido passa de 4 bilhões
A empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 4,61 bilhões durante os três primeiros trimestres de 2023. Isso ocorreu após um prejuízo revisado de R$ 6,03 bilhões no ano anterior.
Em dezembro do ano passado, a empresa obteve dos credores a aprovação para um plano de reestruturação que incluía uma série de desinvestimentos, bem como uma troca de dívida por capital e uma injeção de dinheiro que poderia chegar a 12 bilhões de reais. Esse dinheiro chegaria principalmente através do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, que vêm investindo na recuperação da empresa.
Atualmente, a dívida bruta da empresa se mantém praticamente estável no valor de R$ 38,37 bilhões. Mesmo sendo um valor alto, isso mostra que a empresa vem contendo seus gastos, o que é uma amostra importante do compromisso da empresa neste momento de recuperação.
Recuperação esperada ate 2025
Agora, a empresa entra em um momento em que o plano de recuperação começa a finalmente mostrar mudanças efetivas na companhia. A Americanas espera uma recuperação até o ano de 2025, o que é um número otimista, porém ainda realista, desde que as medidas corretas sejam tomadas.