ONS defende retorno do horário de verão com promessa de economia bilionária

Impactos econômicos da medida foram reforçados por estudo e decisão sobre o retorno deve ocorrer nos próximos meses

Rafael Almeida Por Rafael Almeida
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Foto destaque: Usinas termoelétricas geram um maior custo de produção de energia (Reprodução/zhongguo/Getty Images Embed)

A ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) divulgou nesta segunda-feira (23) um estudo apresentado ao governo federal que reforça a importância do retorno do horário de verão, ainda de acordo com o órgão, a medida pode gerar uma economia de até R$ 1,8 bilhão ao ano, principalmente pela redução no uso de usinas termelétricas, que têm custos elevados, que são repassados principalmente ao consumidor.

Economia pode achegar a cerca de 2 GW

O estudo ainda detalha que a mudança nos relógios diminuiria o consumo de energia em horários de pico, poupando cerca de 2 GW (gigawatts). Com a menor necessidade de ativação das termelétricas, a economia no custo da energia seria significativa. A energia termelétrica no Brasil, por ser mais cara e utilizada em momentos de alta demanda, tem impacto direto nas contas públicas e no bolso do consumidor.


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Usinas termoelétricas tem custos elevados e são usadas principalmente durante picos de uso (foto:reprodução/E+/rparobe/Getty Images Embed)


Além da economia financeira, a ONS também acredita que a reintrodução do horário de verão traria benefícios para a gestão do sistema elétrico, aliviando a pressão em momentos críticos de consumo. O estudo ainda será avaliado pelo governo, que decidirá se retoma ou não a medida, isso deve ocorrer nos próximos meses.

O horário de verão foi abolido em 2019 sob o argumento de que não gerava mais economia relevante. No entanto, com os preços elevados da energia e o aumento da demanda, o ONS argumenta que o cenário atual justifica o retorno da prática. O governo entretanto ainda não se manifestou oficialmente sobre a proposta.

Decisão deve ser tomada até o fim do ano

A expectativa é que uma decisão seja tomada antes do fim do ano, levando em conta o impacto da medida tanto para o sistema elétrico quanto para a população, e caso o sinal do governos seja positivo a medida entra em vigor no próximo ano.