O Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), lançado pelo INPI, revela que as regiões Sudeste e Sul são as mais inovadoras do país, com São Paulo liderando o ranking. A pesquisa, que utiliza metodologia do Índice Global de Inovação, destaca as disparidades regionais, com o Norte e Nordeste ocupando as últimas posições, apesar de algumas economias nordestinas superarem as expectativas para seu nível de desenvolvimento.
O Brasil agora conta com seu próprio índice de inovação: o Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), que revelou as regiões Sudeste e Sul como as mais inovadoras do país. São Paulo, com um índice de 0,891, lidera o ranking nacional, seguido por Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Primeira edição do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento
Em sua primeira edição, divulgada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o índice revelou que as regiões Sudeste e Sul do país concentram as economias mais inovadoras. São Paulo lidera o ranking no país e a média nacional, que, por sua vez, ficou em 0,291.
O IBID, desenvolvido com base na metodologia do Índice Global de Inovação (IGI), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), coloca o Brasil entre os seis países do mundo que possuem um índice próprio, ao lado da União Europeia, China, Índia, Colômbia e Vietnã. Composto por 74 indicadores divididos em sete pilares principais — instituições, capital humano, infraestrutura, economia, negócios, conhecimento e tecnologia e economia criativa —, busca oferecer um retrato fiel da inovação no país sob uma perspectiva regional.
Além de destacar os líderes nacionais, o IBID evidenciou as desigualdades regionais significativas. Os estados do Sudeste e Sul ocupam as primeiras posições, as regiões Norte e Nordeste ficaram concentradas na parte inferior do ranking. No entanto, o estudo mostrou que algumas economias do Nordeste, como Maranhão, Paraíba, e Piauí, apresentaram desempenho acima do esperado para seu nível de desenvolvimento econômico.
A importância do IBID para identificar os desafios regionais em inovação
Rodrigo Ventura, economista-chefe do INPI, destacou a importância do IBID como uma ferramenta para preencher uma lacuna no sistema estatístico nacional. Segundo ele, o índice não apenas retrata as diferenças regionais, aponta também as práticas que podem ser replicadas em outras partes do país para promover a inovação de forma mais equilibrada e inclusiva.
O lançamento do IBID marca um avanço significativo na compreensão da inovação no Brasil, oferece formuladores de políticas e aos investidores, uma ferramenta valiosa para identificar os desafios e as oportunidades regionais. Com base nos dados do IBID, espera-se que novas estratégias tecnológicas possam ser desenvolvidas para fomentar a inovação em todas as regiões do país, promovendo um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável.