Animais possuem emoções, dizem especialistas

Gabriele Reis Por Gabriele Reis
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Desde que consideramos os animais como parte da nossa vida, buscamos entender sua psique, comparando-a com a nossa. Uma das principais perguntas que buscamos entender sobre os animais em si, seria a tão perguntada: eles possuem sentimentos?

Em um primeiro momento, se observa uma clara discrepância entre os especialistas na área, tanto da psicologia animal quanto de biólogos e zoólogos. De acordo com Gonçalo da Graça Pereira, especialista europeu em comportamento e bem-estar animal, “nós, humanos, gostamos de rotular, e esperamos encontrar no outro aquilo que sentimos. Os animais tem várias formas de emoção, mas não quer dizer que sintam o mesmo que nós”.

Ou seja, todo o nosso progresso com observação e comparação humana pode não ser a melhor maneira de se refletir tal hipótese.

Há outros responsáveis pela discussão que completam o pensamento sob um novo olhar, como Telma Araújo, bióloga e responsável da curadoria das aves e dos répteis no Jardim Zoológico de Lisboa, que afirma que os animais tem sim sentimentos: “Os animais têm uma ligação mais forte com um tratador do que com outro. Aproximam-se mais, permitem que ele lhe mude a comida ou a água mais facilmente… Mas isso não é ciência”.


Animais possuem emoções, mas não igual a nós. (Reprodução/Pixabay).


A teoria é de que os animais tem sim emoções, mas que não interpretam elas do mesmo jeito que nós. Não sentem inveja, que é um dos “sentimentos mais humanos que existem”, de acordo com a veterinária Daniele Salomão Mascarenhas, em entrevista ao jornal Correio do Estado.

Podem sentir amor, ciúmes, vingança, dor, medo, estresse e até mesmo ansiedade, mas com certeza não tornam essas emoções em sentimentos e ações da mesma maneira que nós humanos compreendemos.

Vale lembrar que, mesmo com essas discussões acerca da psique do animal, lhe são assegurados direitos básicos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, como direito ao respeito, de viver livre no seu próprio ambiente e à proteção do homem, além de outras virtudes.

 

Foto destaque: cachorro sendo acariciado no focinho. Reprodução/Adobe Stock.

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