Conhecida como Tizi, a blogueira chinesa Jin Moumou postou um vídeo no qual aparece comprando, preparando e comendo um tubarão branco. No sábado (28), o Departamento de Administração e Supervisão de Mercado do Distrito de Nanchong, na China, informou que devido a este ato, a blogueira havia sido multada.
Isso ocorreu porque na China, segundo as autoridades, as ações de Tizi violaram a Lei de Proteção de Animais Selvagens da República Popular da China, que proíbe a compra, venda e consumo de animais selvagens desde o ano de 2020.
As autoridades investigaram e revelaram que a blogueira comprou o tubarão-branco pelo site Taobao em abril de 2022 e pagou 7.700 yuans pelo animal, que equivale a cerca de R$ 5.260 em conversão. O vídeo foi divulgado em julho nas plataformas Kuaishou e Douyin e se tornou viral.
No vídeo Jin afirma que “pode parecer cruel, mas sua carne é realmente muito macia”.
O tubarão-branco é classificado atualmente pela organização World Wildlife Fund como uma espécie vulnerável, uma vez que sua população vem reduzindo drasticamente, o que auxiliou na lei de proibição do comércio e consumo de animais selvagens. A multa recebida por Tizi foi de 125 mil yuans.
Blogueira durante compra ilegal de animal selvagem. (Foto: Reprodução/ BCharts Fórum).
De acordo com o site bloomberg Línea, outros dois envolvidos no comércio ilegal do animal foram presos.
Especialistas da Academia Chinesa de Ciências Pesqueiras compraram outro tubarão-branco com o mesmo comerciante que a influenciadora para a realização de testes que comprovarão que o animal era de fato a espécie indicada. O exame ocorreu através de análise de tecidos do animal.
Na china, o consumo de alguns animais exóticos e selvagens ainda são muito populares com alegações de benefícios à saúde que muitas vezes não são comprovados.
Alguns defensores da causa afirmam que somente a proibição existente não é eficaz, que também seria necessária a proibição da criação dos animais em cativeiro.
Foto destaque: Jin Moumou comprando, cozinhando e comendo tubarão-branco. Foto: Reprodução/ G1.