Metade da população de Águias está contaminada por chumbo

Jacqueline Shibata Por Jacqueline Shibata
2 min de leitura

A águia careca, também conhecida como águia-de-cabeça-branca ou Bald Eagle é um dos símbolos nacionais dos Estados Unidos da América (EUA), estão enfrentando um envenenamento em massa por se alimentarem de restos deixados por caçadores. As aves de rapina acabam consumindo fragmentos de munição contendo o metal pesado.

Níveis prejudiciais de chumbo foram encontrados nos ossos de 46% das águias coletadas em 38 estados americanos, relata pesquisa publicada na revista Science. O chumbo pode matá-las a depender da quantidade ingerida.

As águias-carecas estavam ameaçadas de extinção e passaram a ser consideradas uma espécie fora de perigo graças à proibição do pesticida DDT em 1972 e a proibição da caça esportiva selvagem que dizimou sua população. 


Aguia Careca. (Foto: Reprodução/ Getty images)


O sangue, ossos, penas e tecido hepático de 1.210 águias, coletados de 2010 a 2018, foram examinados para avaliar a exposição crônica e aguda ao chumbo.

Esta é a primeira vez para qualquer espécie de vida selvagem que conseguimos avaliar a exposição ao chumbo e as consequências do nível populacional em escala continental”, disse o coautor do estudo Todd Katzner, biólogo do Serviço Geológico dos EUA . “É impressionante que quase 50% deles estejam sendo expostos repetidamente ao chumbo.”

Além disso, foi detectado níveis elevados de exposição no outono e no inverno, coincidindo com a temporada de caça em muitos estados. 

O chumbo é uma neurotoxina que, mesmo em baixas doses, prejudica o equilíbrio e a resistência da águia, reduzindo sua capacidade de voar, caçar e se reproduzir. Em altas doses, o chumbo causa convulsões, dificuldade respiratória e morte.Graças a exposição ao metal, reduziu o crescimento populacional anual de águias-carecas em 4%. 

Um fragmento de chumbo do tamanho da ponta de um alfinete é grande o suficiente para matar uma águia”, afirma o coautor Vince Slabe, pesquisador da vida selvagem da Conservation Science Global.

Foto destaque: Reprodução @ca2hill/123rf.com

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile