Paleontólogos encontram nova espécie de crocodilo brasileiro

Alexandre Muniz Por Alexandre Muniz
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Extinto há mais de 66 milhões de anos o crocodilo gigante recém-descoberto viveu no período Cretáceo no interior de São Paulo

Os pesquisadores identificaram recentemente uma nova espécie de crocodilo, que viveu pelo menos há 66 milhões de anos no interior de São Paulo, ainda com evidências de sua convivência com dinossauros durante o Cretáceo.

Batizado de Titanochampsa iorii, o crocodilo teria um porte avantajado, e foi reconhecido com base num fóssil de parte do crânio achado pela primeira vez na década de 1950, em Monte Alto, na região de São José do Rio Preto,

Thiago Schineider Fachini, paleontólogo do Laboratório de Paleontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), é o autor principal de um artigo científico sobre a descoberta publicada recentemente na revista internacional Historical Biology. Ele nos explica que o tamanho do animal foi calculado em até 7 metros, sendo assim o maior crocodilo do Neocretáceo brasileiro; o que o fez ganhar o apelido de “Terror das Águas”.Schineider disse que o Titanochampsa tem características físicas distintas dos crocodiliformes fósseis já encontrados no Período Cretáceo: “A conclusão de que é uma espécie nova resulta de uma análise da morfologia geral do crânio de Titanochampsa, tendo sido observadas feições inéditas, permitindo a definição de que se trata de uma espécie ainda não registrada do Cretáceo brasileiro“.


Crânio comparado para a identificção do Titanochampsa iorii (Foto: Reprodução/Prefeitura Muncipal de Monte Alto)


Titanochampsa significa “crocodilo titânico”, alusão ao seu grande porte e por ter sido muito tempo confundido com o tiranossauro. Já o seu epiteto específico “iorii” é em homenagem ao pesquisador Fabiano Vidori Iori, responsável por muitos trabalhos na região de Monte Alto e por ter identificado o material previamente.

Agora a pesquisa prosseguirá na tentativa de identificar os parentescos e o contexto paleoambiental (condições ambientais que o crocodilo vivia) da nova espécie crocodiliforme.

A partir desta sexta-feira (16) o fóssil ficará exposto ao público no Museu de Paleontologia de Monte Alto.

 

Foto destaque: Representação gráfica do crocodilo titánico enfrentando um tiranossauro Reprodução/Bem Paraná

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