Seca no Quênia mata espécie mais rara de zebra do mundo

Diellen Grisante Por Diellen Grisante
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A pior seca que o Quênia está passando em mais de quatro décadas, provocou a morte de 2% das espécies de zebras mais raras do mundo e também aumentou a morte de elefantes. É possível ver Carcaças de animais apodrecendo no chão, onde os períodos de seca estão destruindo e esgotando recursos hídricos e alimentares.

Essa espécie, nomeada de Grevy, são maiores que zebras padrão e tem listras mais estreitas e orelhas mais largas. A fundadora e diretora-executiva do Grevy ‘s Zebra Trust, Belinda Low Mackey, disse para um canal jornalístico que a taxa de mortalidade só aumentaria se nenhuma chuva significativa caísse na região.

“Se a estação chuvosa que se aproxima falhar, a zebra de Grevy enfrentará uma séria ameaça de fome”, disse ela. “Desde junho, perdemos 58 zebras de Grevy e os casos de mortalidade estão aumentando à medida que a seca se intensifica”, completa.


zebras Grevy’s (Foto: Reprodução/nationalzoo)


Buscando conter os efeitos da seca e desnutrição dos animais, a organização procurou uma solução para alimentar as zebras, com feno derramado sobre uma mistura de melaço, sal e cálcio. A população de elefantes também está sofrendo uma fatalidade causada pela estiagem, na busca por água estão morrendo ao invadirem áreas e povoados. Diversos cadáveres foram encontrados com marcas de tiro e ferimentos de lanças.

“Se as próximas chuvas falharem, podemos esperar um aumento substancial na mortalidade de elefantes”, diz Frank Pope, que dirige a organização de conservação Save the Elephants, sediada no Quênia.

Catástrofe Climática

Em toda região conhecida como Chifre da África, a seca prolongada vem provocando graves consequências as mazelas sociais. A estiagem ameaça mais de 20 milhões de pessoas do sul da Etiópia, passando pela Somália até o norte do Quênia. Com a falta de água, as colheitas vêm criando uma insegurança alimentar que castiga a região. Algumas áreas já conhecem a fome, segundo o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) das Nações Unidas.

 

Foto destaque: Área afetada pela seca no Quênia. Reprodução/actionaid

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